12º reajuste consecutivo

Como Anefac, CNI e Firjan avaliam a decisão do Copom em elevar a taxa Selic a 13,75% a.a.?

Entidades criticaram a medida

- Antônio Cruz/Agência Brasil
- Antônio Cruz/Agência Brasil

Em meio aos impactos da guerra na Ucrânia e de uma possível recessão nos Estados Unidos – com impactos sobre a economia global -, o Banco Central (BC) continuou a apertar os cintos na política monetária.

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 13,25% para 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Esse foi o 12º reajuste consecutivo na taxa Selic. O BC manteve o ritmo do aperto monetário. Assim como na última reunião, a taxa foi elevada em 0,5 ponto.

Em comunicado, o Copom informou que os riscos de que a inflação fique acima das expectativas em prazos mais longos fez que o BC optasse por não encerrar o ciclo de alta da Selic na reunião de hoje.

O texto, no entanto, informou que o Copom deve reduzir o ritmo de altas, e elevar a taxa em 0,25 ponto no próximo encontro, no fim de setembro. (Agência Brasil)

Antonio van Moorsel, sócio e head do Advisory da Acqua Vero Investimentos, avalia que o anúncio traz poucos impactos nos mercados de renda variável e renda fixa. Ele afirma que a leitura do mercado para a decisão foi neutra.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou o aumento da Selic de “equivocado”. Para a entidade, o fato de os juros estarem 7,8% acima da inflação esperada para daqui a 12 meses indica que a elevação foi exagerada.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) informou, em nota, que “considera inadequada a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros para 13,75% ao ano.

A elevação da taxa vai continuar a encarecer o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Apesar de o impacto na ponta final ser diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos vai sentir os efeitos do aperto monetário. 

Com informações de Agência Brasil.

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