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Compra do Cruzeiro sob dúvidas: XP (XBR31) diz que proposta da 777 Partners por clube era inviável

Reportagem do ge detalha contrato e explica que exigência alegada por executivo da corretora não existiu; entenda

XP - Reprodução
XP - Reprodução

Em reunião com conselheiros do Cruzeiro, na noite de quinta-feira (31), a XP Investimentos (XPBR31) comentou a proposta feita pela 777 Partners para comprar a SAF Celeste. Pedro Mesquita, diretor da corretora, afirmou que a oferta foi recusada por ser "tecnicamente inviável". As informações são de ge.

O executivo disse que havia uma condição, inserida na proposta pelos americanos, para que o negócio fosse adiante: o Cruzeiro precisaria "recomprar" todas as suas dívidas com um desconto mínimo de 80%.

De acordo com o ge, a exigência não existiu.

A reportagem explica que a 777 Partners apresentou a oferta e, caso tivesse havido uma contraproposta e a aceitação dos termos, o negócio teria chegado a um acordo vinculante (que gera obrigações entre as partes), com prazo para que o contrato definitivo fosse assinado.

Quanto à condição citada pelo executivo da XP – obrigação de recompra de toda a dívida com desconto mínimo de 80% –, ela não consta no documento que foi enviado à corretora.

Tanto na proposta apresentada à XP, quanto no projeto do grupo americano para o Cruzeiro, não havia a exigência de que todos os credores aceitassem o desconto (em inglês: haircut) para que o negócio prosseguisse. A condição descrita na proposta era fazer a renegociação, continua o ge.

Mesmo que o Cruzeiro tentasse incluir "todas as dívidas" da associação nesse processo, seria impossível. Dívidas tributárias (com governo) e com clubes estrangeiros (nas quais a Fifa obriga pagamento integral) não fariam parte de renegociação desse tipo. Somente as demais obrigações, trabalhistas e cíveis, seriam incluídas nesse processo, explica a reportagem.

As informações são de Rodrigo Capelo, do ge.

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