Para ler gráficos e descobrir janelas de compra e venda, a análise técnica conta com algumas teorias. É bom lembrar que nenhuma delas deve ser aplicada sozinha, pois não analisam apenas parte do comportamento do ativo, mas todas são ferramentas úteis para um panorama completo.
Nesta SpaceDica, separamos quatro que você precisa conhecer.
1. Teoria de Dow
Sim, tem a ver com o Dow Jones, dos EUA: o criador do índice, Charles Dow, também elaborou esse conjunto de ideias, além de ter sido colunista do Wall Street Journal. Essa teoria inclui 6 fundamentos. Entre esses postulados, está a ideia de que os mercados absorvem tudo — passado, presente e futuro, precificando instantaneamente qualquer notícia.
Dow também separou as tendências do mercado em três: primária, a maior, que tem outras três subfases; a secundárias, que dura entre três semanas e três meses; e, por fim, a terciária, que permanece por até três semanas.
A teoria de Dow ainda fala sobre índices complementares e o papel do volume negociado na confirmação de tendências. Além disso, ela atualiza a lei da inércia, da física, para os mercados: um movimento continua ocorrendo enquanto não há sinais de uma reversão.
2. Bandas de Bollinger
As bandas de Bollinger são utilizadas para verificar a volatilidade de uma ativo e determinar se ele está sobrecomprado ou sobrevendido. Assim, é possível antecipar os preços, além dos vales e topos.
O seu criador, John Bollinger, usou as médias móveis, isto é, as estimativas feitas a partir de uma sequência de preços, para elaborar essa teoria. O conclusão foi que, apesar dos movimentos mais bruscos, a tendência é que os preços voltem ao equilíbrio.
Para calcular as bandas, Bollinger usa o período de 20 dias — mas isso pode ser alterado –, além do desvio padrão para esse período. Por envolver alguns conceitos mais avançados de matemática, essa teoria não é recomendada para iniciantes.
3. Teoria dos Candlesticks
Você já deve ter visto gráficos candlesticks, que usam pequenos retângulos, que lembram velas, para mostrar a variação de preços de ativos.
Nesse desenho, é possível ver informações como preço mínimo no período, o valor na abertura, a máxima neste intervalo de tempo, entre outros. As cores do candlesticks também nos dão informações, como se o fechamento foi acima da abertura ou não.
O conjunto de “velas” também podem ser lidos para identificar tendências: o shooting star, por exemplo, é um desenho que mostra que o ativo vinha num movimento altista, marcando novo topo, mas perde força e volta ao preço anterior.
4. Retração de Fibonacci
Se você conhece um pouco de arte, já ouviu falar sobre Fibonacci: foi esse matemático quem descobriu a sequência da proporção áurea, presente em várias grandes obras. O famoso desenho da regra matemática, que lembra uma concha, também é utilizado na análise técnica.
Segundo essa aplicação, você pode desenhar a sequência de Fibonacci sempre que houver um movimento de queda ou alta. As linhas horizontais cortam a série de valores e mostram os momentos em que, geralmente, as tendências mudam de direção.
Estes são os chamados pontos de alerta, em que os movimentos podem mudar e aos quais os traders devem prestar mais atenção. Assim, pela regra de ouro, os pontos mais comuns na análise gráfica são 23.6%, 38.2% e 61.8%.