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Consumidor deve verificar solidez financeira e renome antes de contratar seguradora, afirma Blue3

Segundo Rafael Rezende, sócio e responsável pela área no escritório de investimentos, consumidor deve prestar atenção ao contrato e contar com o auxílio de corretores experientes na hora da compra

- Scott Graham via Unsplash
- Scott Graham via Unsplash

Desde a chegada do novo coronavírus, em 2020, os seguros de vida têm ganhado maior atenção das pessoas. Segundo a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), a procura por seguros aumentou 26% em 2020. Em 2021, o crescimento se intensificou: 28% de alta nos três primeiros meses do ano.

É claro que as mais de 500 mil mortes ocasionadas pela COVID-19 ajudaram no aumento da procura, mesmo que não seja regra que as seguradoras cobrem óbitos decorrentes de pandemias (veja nesta Bluedica como algumas alteraram seus contratos para contemplar o novo coronavírus). Mas, com isso, surge uma nova dúvida: como escolher a seguradora e o produto que atenderão da melhor forma às suas necessidades?

Primeiro de tudo, é preciso ficar de olho se a empresa é autorizada pelo Susep (Sindicato dos Corretores de Seguro). Caso a organização não tenha essa autorização, fuja. Para consultar a situação da seguradora no órgão, clique aqui

Conheça bem a seguradora

Rafael Rezende, sócio responsável pela área de gestão patrimonial da Blue3, recomenda que os clientes conheçam a fundo essas prestadoras, sobretudo os possíveis problemas que possam enfrentar futuramente.“É sempre importante estudar as condições gerais do seguro contratado e ser auxiliado por um bom corretor. Quanto à solidez das seguradoras, é bom priorizar empresas de renome e bastante tempo de mercado. Os balanços das seguradoras são públicos e podem ser consultados em seus sites”, afirma Rezende.

Uma maneira de avaliar o serviço das seguradoras é por meio da experiência de outras pessoas, por meio de plataformas como Reclame Aqui, Procon, Proteste. O Reclame Aqui, por exemplo, disponibiliza rankings das “melhores”, as “piores” e as “+ reclamadas”, de acordo com o número de reclamações, respostas e satisfação dos consumidores com as providências dadas ao caso.

O portal traz também as principais reclamações relacionadas às empresas do setor. Os três problemas mais comuns relatados pelos consumidores são cobranças indevidas (2.644 reclamações); negligência à cobertura contratada pelo cliente (1.796 reclamações); e cancelamento de apólice (1.561).

O barato que pode sair caro

Embora o custo sempre seja um fator importante na hora da contratação de qualquer serviço, no caso do seguro essa pode não ser uma boa ideia. É importante lembrar que essas empresas talvez tenham que assumir algum prejuízo futuro da sua vida, por isso é importante evitar acordos surpreendentemente baratos e de empresas que não fazem uma análise completa sobre seu perfil. “Desconfie de produtos baratos e contratação rápida. É o famoso ‘barato que sai caro’, afirma Rezende. Segundo ele, fatores que encarecem o serviço são normalmente relacionados ao perfil do segurado. “Idade no momento da contratação, histórico de saúde, tempo de cobertura da apólice e atividade de risco [são fatores que aumentam o valor do seguro]. Atividades como pilotar aeronaves e esportes radicais podem interferir na avaliação e aprovação do seguro”, explica.

Para deixar o custo mais acessível sem comprometer a qualidade do serviço, Rodrigo Alexandre, analista de mercado sênior na Proteste, aconselha customizar o produto, com apoio de um profissional da área. “A diferença entre os preços podem variar conforme as exigências do consumidor na hora de fechar o prêmio. Então contrate somente as coberturas necessárias para não encarecer o seguro. Para isso, peça ajuda ao corretor de seguros”, ressalta. O analista também atenta para que o consumidor não feche negócio na primeira oportunidade que aparecer. “Cote preços em mais de uma seguradora, porque a variação de preço varia bastante de uma empresa para outra”, aponta.
 

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