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Copom: Banco Central anuncia corte de 50 bps na Selic, em 13,25% ao ano

A taxa básica de juros não havia sido reduzida desde agosto de 2020

Sede do Banco Central em Brasília - Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Sede do Banco Central em Brasília - Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (2), reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 50 bps, para 13,25% ao ano. 

A taxa básica de juros não passava por uma redução desde agosto de 2020. A decisão da autarquia não foi unânime, no entanto, em um placar de 5 a 4. 

"O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária", diz o comunicado da autarquia. 

O BC aponta que, no cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue consistente com um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.

Em relação ao ambiente externo, o cenário é incerto, com alguma desinflação sendo observada na margem, mas em um ambiente marcado por núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países. 

Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os membros Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso.  

Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes. 

Governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito críticas à autarquia desde o início do seu mandato. Nesta quarta-feira, em conversa com jornalistas da mídia estrangeira, afirmou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, “não entende de Brasil” e “não entende de povo”. A expectativa de Lula era por uma redução na Selic na decisão de hoje. 

 

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