CPFL Energia sobe 1% depois de lucro subir 58,5% no 1º trimestre de 2020

Por Gabriel Codas

Investing.com – Depois de anunciar que teve lucro líquido de R$ 904 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 58,5% na comparação com o mesmo período do ano passado e acima do consenso de R$ 745 milhões, enquanto o indicador de geração de caixa (Ebitda) subiu 10,8% para cerca de R$ 1,7 bilhão, as ações da CPFL Energia (SA:CPFE3) operam com ganhos na bolsa brasileira.

Em relatório na noite de quinta-feira, a companhia que atua nos segmentos de geração, transmissão, distribuição, comercialização e serviços de energia, disse que colaborou com o lucro, além do bom desempenho do Ebitda, “o ganho registrado no resultado financeiro em função da marcação a mercado de dívidas”.

Com isso, no fechamento da bolsa, os ativos somaram 1,36%, a R$ 29,74.

Visão dos analistas

Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), entre as empresas do setor, CPFL é vista como a melhor posicionada para enfrentar a crise. Além de ter 42% de seu EBITDA proveniente da geração, um segmento menos afetado pelo Covid-19, 85% de seus CAE são contratados no mercado regulado. Sua alavancagem está abaixo da média do setor (2,2x ND / EBITDA) e agora está em uma posição de caixa muito confortável. Com tudo isso dito, a equipe vê a negociação da CPFL com uma TIR real implícita atraente de 10%.

O preço-alvo é derivado do DCF e descontado a uma taxa WACC real de 5,1% para os negócios de geração e 5,2% para o segmento de distribuição. A recomendação segue de compra.

Balanço

A dívida líquida da empresa, a segunda maior distribuidora do Brasil em volume de energia vendida, somou 15,1 bilhões de reais (+1,4% ante o mesmo período do ano passado) e alavancagem atingiu 2,21 vezes dívida líquida/Ebitda (-18,3%).

As vendas de energia elétrica da empresa, controlada pela chinesa State Grid (maior empresa de energia elétrica do mundo), totalizaram 17.442 GWh, uma redução de 1,6%.

As classes residencial e comercial registraram queda de 2,9% e 2%, respectivamente, essencialmente em função das temperaturas mais amenas registradas no período em relação ao mesmo período de 2019.

“Na classe industrial observamos uma queda de 1,4%, principalmente ocorrido pela migração de dois grandes clientes para rede básica e também pela continuidade da fraca produção industrial no Brasil neste trimestre.”

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