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Investir em criptomoedas: vale a pena apostar nesse mercado?

Investir em criptomoedas: vale a pena apostar nesse mercado?

Em 2017, as famosas criptomoedas tomaram conta do mercado. Naquele período, esse novo tipo de ativo chegava a ter valorizações diárias de 20%. Com esses números, muitos investidores conseguiram dobrar seu patrimônio em pouco tempo, mas outros perderam grandes quantias ao explorar esse novo mercado.

Mas, o que são essas famosas criptomoedas? 

Também conhecidas como moedas digitais, as criptomoedas não são moedas de verdade e não possuem lastro. Assim, podem ser entendidas como um sistema de computação. Além disso, elas funcionam à base de criptografia – conjunto de regras que codifica a informação e faz com que somente o emissor e o receptor consigam decifrá-la – para proteger os dados dos compradores e vendedores.

As transações dessas moedas são realizadas por meio de computadores interligados em uma rede blockchain – sistema de blocos que faz os registros das transações das criptomoedas: quantias circulando, quem enviou, quem recebeu – , que garante segurança às operações.

Mas, por que são tão voláteis? Como são precificadas? Elas são uma boa opção de investimentos para 2020? Continue lendo a SpaceDica porque vamos tentar tirar as principais dúvidas acerca desse assunto!

Como aplicar nesse ativo?

Mesmo tendo uma origem bastante duvidosa, alguns estudos da década de 1990 já apontam a ideia inicial desse tipo de moeda: não estar atrelada ao Estado. Assim, para aplicar nesse tipo de ativo você não precisa se cadastrar no site do governo ou depender da emissão do Banco Central para comprá-las.

Além disso, o mercado de criptomoedas funciona 24 horas por dia, durante os fins de semana e feriados também. Ele nunca fecha. É importante lembrar que esse mercado não possui um órgão regulador como a B3, a bolsa brasileira, que estabelece os critérios para que empresas sejam cotadas no mercado.

Para investir em criptomoedas, o investidor pode comprar os ativos diretamente de outra pessoa ou recorrer à corretoras especializadas.

Todo tipo de investidor pode aplicar nela?

As criptomoedas possuem muita volatilidade. Segundo o diretor do Mercado Bitcoin (plataforma de negociação de criptoativos) Fabrício Tota, tal volatilidade pode ser explicada pela ausência de modelos definidos sobre esse mercado. “Diferentemente do universo das ações, no mercado de criptos ainda não há um modelo para prever o prazo de uma expectativa de retorno ou como precificar das moedas”, explicou.

Tota ainda recordou que a primeira criptomoeda foi criada em 2008 e se tornou a mais conhecida desse mercado: o Bitcoin. “O mercado ainda é muito novo e por isso não sabemos como as moedas podem se comportar. A volatilidade está muito atrelada a isso”.

Além disso, outro ponto que pode influenciar na grande variação diária das criptomoedas é o “efeito manada”. “Esse efeito ocorre em momentos de grande euforia com o mercado e também quando há algum pânico. O momento de maior pânico faz com que as pessoas se desfaçam de seus ativos comprados e quando há muito otimismo as pessoas querem comprar mais e faz os preços subirem. É oferta e demanda”, especificou Tota.

Com isso, é aconselhado que os investidores moderados a arrojados apliquem nesse tipo de ativo. O investidor deve analisar a sua aversão ao risco e decidir se ele está disposto a se submeter às grandes variações desses ativos.

As mais conhecidas

Bitcoin

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda lançada. Sua criação se deu em 2008 e foi obra de um programador que adotou o pseudônimo Satoshi Nakamoto. A identidade verdadeira do criador é desconhecida até hoje.

Em 2017, essa moeda teve valorização de quase 2.000%, uma vez que no começo daquele ano ela estava cotada a R$ 1 mil por unidade e no final do ano chegou a R$ 19 mil. No dia 20 de dezembro de 2019, seu valor unitário era de R$ 29 mil.

Litecoin

O Litecoin foi criado em 2011 por Charlie Lee, ex-diretor de engenharia da Coinbase. Atualmente, cerca de 54 milhões de moedas estão atualmente em circulação e seu preço unitário é de R$ 163.

Ethereum

Essa moeda foi inventada em 203 por Vitalki Buterin, um engenheiro de computação.

No ano de 2017, essa moeda teve valorização de 5.000%. Já janeiro daquele ano, o Ethereum valia R$ 35,98, valor que ultrapassou R$ 407,10 em junho do mesmo ano. E em 2019, seu valor está em torno de R$ 529.

Ripple (XRP)

Diferente das criptomoedas apresentadas até aqui, o ripple foi criada por uma empresa: a Ripple. Assim, a criptomoeda ripple, representada pela sigla XRP, é emitida pela empresa criadora. Segundo a própria Ripple, existem cerca de 100 bilhões de unidades de XRP, sendo que a maioria está no controle da empresa. As demais são vendidas no mercado secundário e estão disponíveis em algumas corretoras de moedas virtuais.

Como escolher o tipo de criptomoeda para aplicar?

Na visão de Fabrício Tota, diretor do Mercado Bitcoin, o investidor deve fazer como em outros investimentos: o primeiro passo é se informar com especialistas da área e com conteúdos confiáveis desse mercado. “Ler muitas análises de diversas fontes é uma boa estratégia porque ao juntá-las você consegue tomar uma decisão porque há muito conteúdo de qualidade disponível hoje”, opinou Tota.

Também é importante fazer uma pesquisa das performances dos ativos no mercado e o verificar quais fatores externos estão atrelados a suas variações para analisar o risco de cada moeda.

Vantagens das criptomoedas

Segundo Tota, as criptomoedas apresentam duas grandes vantagens:

Possibilidade de alta rentabilidade nos investimentos

“As criptomoedas representam uma extensão do mercado e são uma oportunidade de diversificação dos investimentos para garantir mais retorno aos compradores. Se o investidor procura por uma oportunidade de diversificar seu portfólio em ativos de maiores riscos para lucro, as criptomoedas são uma boa opção. Contudo, isso deve ser feito com consciência, sem euforia”, argumentou Tota.

O especialista ainda aconselhou que o ideal é que esse tipo de investimento seja feito, inicialmente, em pequenos aportes. “Isso ajuda o investidor a se adaptar à realidade e ao dinamismo desse mercado”, finalizou.

É um ativo democrático

Por fim, mesmo que a unidade das criptomoedas cheguem a valores altos, como o Bitcoin, as criptomoedas podem ser compradas por fração. Em algumas corretoras de criptomoedas, como o Mercado Bitcoin, com R$50,00 o investidor pode obter 0,002 Bitcoins.

Assim, diferente do que muitos pensam, você não precisa comprar uma unidade de bitcoin a 29 mil reais para investir. Essa estratégia de comprar por fração é bastante interessante frente aos riscos aos quais essas moedas estão submetidas.

Riscos das criptomoedas

O maior risco de todas as criptomoedas é alta volatilidade. No caso de moedas nacionais, o valor que se dá ao dinheiro é atrelado à confiança que se tem no Estado, ainda que as moedas possuam valor de troca. No caso das criptomoedas, por não ter relação com nenhum Estado, o valor é ainda mais subjetivo, e por isso pode sofrer grandes flutuações.

O ápice do Bitcoin, por exemplo, foi em dezembro de 2017, quando a moeda alcançou a marca dos R$ 64 mil. Contudo, em janeiro de 2018, moeda já se encontrava no valor de R$ 29 mil. As pessoas que compraram em dezembro de 2017 perderam mais da metade do valor aplicado. 

Assim, é preciso que o investidor esteja disposto a passar por algumas oscilações se decidir entrar nesse mercado.

Devo investir em criptomoedas em 2020?

Atualmente, o Brasil vive um cenário de juros baixíssimos. A Selic, a taxa básica de juros, se encontra em seu valor histórico mínimo: 4,5%. Com isso, os investidores procuram por investimentos que podem proporcionar rentabilidades maiores. Assim, as criptomoedas passam a ser alvo de muitos aplicadores.

Contudo, na visão de Sérgio Brito, sócio da Ipê Investimentos, as criptomoedas podem ser uma boa opção para maiores lucros, contudo, devem ser analisadas com muito cuidado. “Com os recentes números de geração de emprego e PIB divulgados, o Brasil parece estar se recuperando economicamente. Contudo, esses fatores não significam que as criptomoedas irão crescer também porque elas não estão relacionadas a esses acontecimentos. Elas não tem lastro e é muito difícil de prever suas performances”, explicou.

Assim, Brito apontou que é aconselhável que os investidores interessados nesses ativos apliquem apenas 3% de seu patrimônio nesse ativo, porque, dessa forma, se o pior acontecer, o patrimônio do total do investidor não será tão prejudicado.

Sobre o Mercado Bitcoin

O Mercado Bitcoin foi fundado em 2013. Sempre pensando grande para alcançar o maior número de clientes e oferecer o melhor serviço, a plataforma de negociação de criptoativos investe em tecnologia avançada e mão de obra profissionalizada para o atendimento de seus clientes. 

“A nossa preocupação era adotar as melhores práticas do mercado de criptomoedas para nossos clientes. Nós sempre nos preocupamos em adotar tecnologias muito avançadas. Isso possibilitou que atingíssemos um total de 1,8 milhão de clientes e captássemos R$ 4,5 bilhões em 2019”, compartilhou Fabrício Tota, diretor do Mercado Bitcoin.

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