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Crowdfunding se populariza e chama atenção de investidores

Crowdfunding se populariza e chama atenção de investidores

O financiamento coletivo, ou crowdfunding de investimento, está, cada vez mais, ganhando a atenção dos investidores do mercado financeiro. Segundo dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o número de plataformas que oferecem esse tipo de serviço no Brasil passou de quatro, em 2016, para 26, em 2019. 

A captação total nesse segmento também apresentou forte alta ao longo do tempo: em 2016 foram captados R$ 8.342.924. Já em 2019, a quantia passou para R$ 63.790.005 – um crescimento de 607%.

A modalidade já era utilizada há algum tempo sem regulamentação específica. A recente popularização, porém, levou a CVM a disciplinar este modelo de investimento em 2017. A entidade traz todas as regras em seu site.

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De acordo com as regras da CVM, há dois tipos principais de crowdfunding de investimentos: o Debt crowdfunding e o Equity crowdfunding.

No modelo Debt, a empresa utiliza o financiamento coletivo como um “empréstimo”. Após o tempo determinado no projeto, o valor aportado retorna aos investidores, acrescido de juros. Já no Equity crowdfunding, os contribuintes compram “partes” da empresa, de forma similar ao mercado de ações, porém, com uma diferença fundamental: no crowdfunding, a empresa ainda não está listada na bolsa. 

E essa é uma vantagem: significa que se você escolher investir em uma startup e ela se tornar uma sociedade anônima, os títulos serão convertidos em ações ou, caso o controle seja vendido para outra empresa, é possível vender sua parte.

Vale a pena?

Rendimento acima da média do mercado, transparência, facilidade e rapidez na negociação são os principais aspectos das plataformas de crowdfunding para atrair contribuintes, mas saber se vale a pena colocar o seu dinheiro nesse tipo de investimento (e em que tipo de oferta) dependerá do seu perfil de investidor: mais agressivo ou conservador. Como é regra geral em investimentos, quanto maior o risco, maior também a recompensa.

Para que o investidor sinta mais segurança, as plataformas têm como dever analisar o potencial de crescimento de cada empresa, além de apresentar a oferta, conforme disposto pela CVM, com “linguagem clara, objetiva, serena, moderada” e de forma adequada ao potencial investidor, que nem sempre é escolado em investimentos no mercado financeiro. Nesse caso, a missão das plataformas também é educar para que o investidor sinta segurança em realizar o aporte.

Cuidados básicos

Assim como em muitas partes da nossa vida financeira, é necessário tomar algumas precauções antes de decidir investir em algo. No caso do crowdfunding, não é diferente. Portanto, confira alguns conselhos básico para te ajudar na tomada de decisão.

Não guarde todas as frutas na mesma cesta. Como toda operação de risco mais alto, o recomendável para o crowdfunding é ocupar uma parcela pequena da carteira de investimentos.

Estude muito. Essa dica vale não só para o processo de financiamento coletivo em si, mas também em relação às empresas que vai apoiar. Busque o máximo de informações antes de tomar uma decisão.

Calcule o prazo de retorno. Este tipo de investimento tem baixa liquidez. Isto é, não é possível retirar o capital às vezes por até cinco anos. Avalie o seu perfil financeiro e se valerá a pena para você.

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