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CSN avança com lucro de R$ 1,89 bilhão no trimestre; 59% maior na base anual

Na reta final da manhã desta quarta-feira (31), as ações da CSN operam com valorização de 0,61% a R$ 16,50. Na noite de ontem, a siderúrgica reportou que teve lucro líquido de R$ 1,894 bilhão, uma expansão de 59% sobre o desempenho obtido um ano antes, apoiado em maiores vendas de minério de ferro e redução de despesas financeiras, informou o grupo siderúrgico e de mineração.

A companhia apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 2,38 bilhões, expansão de 68% na base anual. Sem ajustes, o Ebitda da empresa foi de R$ 1,465 bilhão, queda de 21 % sobre o segundo trimestre de 2018.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 1,94 bilhão, segundo dados da Refinitiv. Não ficou imediatamente claro se os números são comparáveis.

A empresa também anunciou que estima atingir Ebitda ajustado de cerca de 8,5 bilhões de reais em 2019, uma produção de minério de ferro de 33 milhões de toneladas este ano e também em 2020. Já a expectativa para este ano para vendas da commodity é de cerca de 40 milhões de toneladas.

O BTG Pactual (SA:BPAC11) avalia que o cenário para a CSN permanece incrivelmente favorável, com a companha em condições de surfar na onda do minério de ferro por anos. Para os analistas, embora a CSN também tenha uma importante exposição ao aço e seja vulnerável à decepcionante recuperação econômica do Brasil (além de uma série de problemas de custo não recorrentes), a força do minério de ferro deve superar de maneira significativa a fraqueza em suas outras unidades.

Nesse cenário, eles enxergam a alavancagem (dívida líquida sobre EBITDA) caindo para sub-3x até 2019 (de ~ 4x), o que acreditam ainda não estar totalmente precificado. Com as atualizações de lucros ainda garantidas, eles seguem vendo isso como umas das melhores desalavancagens do Ibovespa. O banco reitera a recomendação de compra.

A equipe de Mirae Asset entende que a boa fase de preços do minério de ferro está levando a CSN a reduzir radicalmente sua alavancagem com recursos de terceiros, sem a venda maciça de ativos, como se imaginava necessário a alguns trimestres atrás.

Seguindo a expectativa de que o preço do minério de ferro permaneça em patamar elevado para o 2S19, os analistas acreditam na normalização de sua estrutura de capital, o que é altamente positivo. No entanto, eles mantiveram a recomendação Neutra para a ação, visto que já apresentou forte valorização neste ano na B3 e não encontra, no momento, upside elevado para a sua ação CSNA3 (SA:CSNA3).

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