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Dengue: IA detecta que vacinas podem ir para o lixo ou serem ineficazes

Processos como o transporte destes insumos podem ser cruciais para garantir a eficácia da imunização

Dengue: IA detecta que vacinas podem ir para o lixo ou serem ineficazes

O Brasil está atualmente em estado de emergência devido ao surto de dengue, com mais de mil mortes e mais de 3 milhões de casos registrados em 2024. Essa situação alarmante destaca a necessidade urgente de medidas eficazes para combater a dengue no Brasil.

Segundo estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMA), a indústria biofarmacêutica enfrenta grandes desafios na logística controlada por temperatura, resultando em perdas significativas. Estima-se que cerca de US$ 35 bilhões são perdidos anualmente devido a falhas nessa logística. Além disso, a OMS estima que aproximadamente 50% das vacinas produzidas em todo o mundo atingem seus destinos deterioradas, devido a problemas de temperatura.

Isso mostra a importância de um controle eficiente de temperatura na logística, pois variações de temperatura, umidade e outras condições podem comprometer a eficácia dos materiais. A empresa SyOS, de tecnologia, utiliza as mais modernas soluções para atuar no ramo. 

“A SyOS é uma aliada dos negócios que procuram inovação para o controle de qualidade farmacêutica. A nossa solução baseada em IoT e na indústria 4.0 impulsiona os gestores com indicadores e inteligência de dados, garantindo qualidade e operações sustentáveis. Nós aplicamos a Inteligência Artificial no monitoramento de temperatura e umidade para toda a cadeia de monitoramento e refrigeração”, afirma Rubens Terra, sócio da Equus Capital e membro do conselho de administração da SyOS. O transporte de vacinas envolve vários modos, como caminhões, aviões e barcos.

Segundo os dados do Ministério da Saúde, a quantidade de vacinas contra a COVID-19 descartadas por falta de armazenamento representou um prejuízo de R$ 2 bilhões aos cofres públicos desde o início da pandemia. 

 

Informações do Ministério da Saúde:

  • Em 2021, primeiro ano da vacinação contra a COVID-19, foram quase 2 milhões de doses descartadas.
  • Em 2022, quase 10 milhões de doses foram descartadas.
  • Nos primeiros dois meses de 2023, já são mais de 27 milhões de doses desperdiçadas.
  • Ao todo, incluindo o quantitativo perdido em 2023, o desperdício de vacinas contra a COVID-19 chegou a 38,9 milhões de doses desde 2021.

 

A tecnologia que pode salvar vidas

A tecnologia da empresa desempenha um papel vital na manutenção da eficácia das vacinas durante o transporte. “Ao monitorar continuamente a temperatura e a umidade, ela garante que as vacinas sejam armazenadas em condições ideais. Isso é essencial, pois a maioria das vacinas precisa ser armazenada em temperaturas de refrigeração ou congelamento. Por isso, vacinas ineficazes podem ter um impacto significativo na imunidade”.

Além disso, a eficácia geral da Dengvaxia, a única vacina licenciada contra a dengue, foi moderada (56,5-60,8%) durante os ensaios da Fase 2b e 3. Isso sugere que a função imunológica entre indivíduos vacinados pode ser menor do que a de indivíduos não vacinados. Portanto, garantir a eficácia das vacinas durante o transporte é crucial para proteger a população e combater a imunidade.

 

“A vacinação é uma das principais estratégias para controlar e prevenir a propagação da doença, por isso, precisam ser mantidas em temperaturas específicas para garantir sua eficácia. Qualquer variação nessa temperatura pode tornar a vacina ineficaz. Portanto, o monitoramento preciso das condições de transporte é crucial para garantir que a população receba vacinas eficazes contra a dengue. Sem contar na economia que essas empresas têm com o nosso sistema de tecnologia avançado”, finaliza Rubens Terra.

 

 

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