Coluna da Fran Winandy

Desconstruindo o etarismo

A luta contra o etarismo é uma questão estratégica, que envolve o S do ESG

Crédito: Copyright (c) 2018 fizkes/Shutterstock
Crédito: Copyright (c) 2018 fizkes/Shutterstock

Olá, meu nome é Fran Winandy! Minha trajetória teve início na área de RH de um banco internacional, onde em menos de um ano eu passei de estagiária a chefe da área de seleção de pessoal.

Antes de terminar a faculdade eu já tinha passado por outros dois bancos como responsável das áreas de plano de carreira & sucessão e treinamento & desenvolvimento: talvez por isso hoje eu consiga ter empatia com a geração Z!. 

A velocidade da minha carreira foi acompanhada por um estranhamento por parte de alguns colegas, afinal, além de mulher, eu era jovem demais para ocupar aqueles lugares. Mas naquela época, eu não compreendia isso, nunca tinha ouvido falar em etarismo e não imaginava que estava sendo vítima deste preconceito.

Acho importante fazer um aparte aqui para explicar que sou filha de estrangeiros, criada para ser independente: desde muito jovem já fazia pequenos trabalhos como babysitter, aulas de francês e animação de festas infantis para ganhar algum dinheiro.

Retomando, ao me formar, segui adiante, como um trator. Fiz especialização e MBA em RH, assumi a gerência de planejamento e desenvolvimento de RH em uma indústria com menos de 30 anos, passei a dar aulas à noite na pós-graduação de uma universidade e a história se repetiu, sem que eu me incomodasse muito com isso.

Foi só quando decidi fazer o mestrado e me deparei com o pilar etário da diversidade que as peças deste quebra-cabeça se encaixaram: eu era vítima do etarismo! Porém, graças a qualidade do meu trabalho e à minha boa autoestima, não sofri por isso. 

Como profissional da área de RH eu percebia os inúmeros marcadores etários no mercado de trabalho, mas não tinha repertório para lidar com eles. Quando percebi a riqueza de unir a questão da longevidade e do diálogo intergeracional a uma atuação estratégica de Recursos Humanos, mudei o meu foco de atuação e passei a atuar como consultora, mentora, palestrante e professora em programas de formação de conselheiros de empresas.

Afinal, a luta contra o etarismo é uma questão estratégica, que envolve o S do ESG e é isso que eu pretendo trazer aqui para vocês!

A minha coluna será mensal e nela trarei histórias, casos e entrevistas com profissionais para ilustrar a potência da diversidade etária dentro das organizações. Sou muito ativa no LinkedIn, Instagram e TikTok e sou responsável pelo blog www.etarismo.com.br 

Espero que vocês participem, tragam suas dúvidas e reflexões sobre o assunto, juntos, vamos desconstruir o etarismo!

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, e não refletem, necessariamente, a visão da SpaceMoney.

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