Ações que menos caíram

Descubra quais foram as ações que menos caíram em 2020

Descubra quais foram as ações que menos caíram em 2020

O ano de 2020 não tem sido fácil para os mercados, mas, em meio à queda generalizada por conta da pandemia de coronavírus, alguns papéis do Ibovespa se destacam pelas perdas menores (veja na tabela abaixo). São empresas que, por diferentes razões, conseguiram segurar as pontas entre um circuit breaker e outro. 

Mesmo se você ainda não tem essas ações na carteira, o cenário macroeconômico incerto pode gerar janelas de compra interessantes. “Ainda há espaço para queda nos preços, uma vez que o contexto de incertezas ainda não passou”, aponta Henrique Esteter, analista de ações da Guide Investimentos.

A líder do ranking, a AES Tietê, já tem a vantagem de ser um setor de energia, considerado defensivo. “Além disso, a companhia vem aparecendo no noticiário com a proposta de fusão com a Eneva”, lembra o especialista. “É uma proposta com bastante sinergia entre as empresas e isso impacta os papéis positivamente”. 

No ranking também aparece Magazine Luiza, mesmo com o varejo tão afetado pela crise do coronavírus. A empresa se sustenta pelo e-commerce estruturado — mais do que o da concorrente Via Varejo. Com bons índices de liquidez, o Magalu também consegue passar com relativa tranquilidade pelos meses difíceis adiante, explica Henrique Esteter. 

Dentro do varejo, a RaiaDrogasil também aparece como porto-seguro. “Como uma rede de farmácia, sentiu menos o impacto da crise, sem fechar suas portas”, afirma o analista. O volume de vendas de máscaras de álcool em gel, por exemplo, compensou a margem baixa de lucro. 

O frigorífico Marfrig, com operação nos Estados Unidos, capta a falta de oferta global de proteína, com foco na exportação. “Com receita dolarizada, a empresa também se beneficia da situação do câmbio”, diz Esterter. “Também é um papel que estava bem descontado no ano passado”. 

E os FIIs?

No ranking dos que menos perderam no ano, ainda há espaço para 3 fundos de investimento imobiliário. Estes ativos também sofreram durante o mês de março, derretendo mais de 30%. “Os shoppings e escritórios vão ter alguns meses de indefinições, assim como a economia como um todo. Mas acredito que houve exagero”, diz Daniel Chinzarian, analista de fundos imobiliários da Guide.

O especialista explica que os imóveis são ativos que valem para sempre, independentemente do período de ausência de renda da locação. “Boa parte do mercado está bem barata quando analisados os fundamentos”, diz Chinzarian. “Esperamos que alguns fundos tenham sucesso ao longo dos próximos 3 anos”. 

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