O desemprego no Brasil segue em queda mais um trimestre, em outubro o país encerrou com 7,6% dos brasileiros sem emprego, uma queda de 0,7 pontos percentais (p.p.) em relação ao mesmo período do ano passado e uma diminuição de 0,1 p.p. em relação ao mês anterior. São 100,2 milhões de pessoas ocupadas, o maior patamar desde o início da série histórica, em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua/IBGE), divulgada nesta quinta-feira (29).
O economista Rafael Perez, da Suno Research, destaca que a maior parte do crescimento do número de ocupados nos últimos meses tem vindo da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, o que favorece o aumento dos salários e tem se refletido em crescimento do rendimento médio real, que teve uma alta de 0,6% em relação ao mês anterior e de 2,4% desde o início do ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, com exceção dos trabalhadores domésticos, chegou a 37,4 milhões, o maior contingente desde janeiro de 2015, quando eram 37,5 milhões.
"Na mesma direção da Pnad, os dados do Caged de ontem corroboram esse quadro mais favorável para o mercado de trabalho, já que o indicador registrou a criação de 190,4 mil empregos com carteira assinada em outubro e veio acima das expectativas. No acumulado do ano, já são 1,785 milhão de contratações", comenta o economista.
Ele ainda observa que o aumento nas contratações temporárias para o final de ano deve ajudar a manter a taxa de desemprego em mínimas dos últimos anos e favorecer a massa de rendimentos dos trabalhadores, que está em máximas históricas R$ 295,7 bilhões em outubro, uma alta de 4,1% no ano.
"O mercado de trabalho aquecido e o crescimento da massa salarial deverão ser os principais vetores de crescimento no último trimestre, impulsionando o consumo e amenizando a desaceleração da economia", conclui Perez.