Por Geoffrey Smith, da Investing.com – O órgão regulador de aviação dos EUA está pronto para liberar o 737-Max da Boeing para novos voos. A nomeada de Donald Trump para o conselho do Fed não consegue apoio do Senado; Lowe’s, Target , TJX e Nvidia reportam resultados; licenças de construção nos EUA no radar, assim como o relatório semanal do governo americano de estoques de petróleo.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quarta-feira, 18 de novembro.
1. Indicação de Shelton ao Fed tropeça
Judy Shelton, a escolha do presidente Donald Trump para o conselho de governadores do Federal Reserve, não conseguiu obter apoio suficiente para uma votação plena da nomeação, o que foi considerado um sinal de que o Partido Republicano está começando a se distanciar mais do presidente.
Uma votação de procedimento para agendar uma chamada final sobre a nomeação de Shelton não foi para frente depois que vários senadores republicanos se recusaram a apoiá-la.
O caso teve como pano de fundo uma lista cada vez maior de falhas dos advogados de Trump em desafiar os resultados eleitorais do início do mês. Apenas uma das 24 moções apresentadas por eles foi aceita nos vários tribunais estaduais, enquanto alguns advogados de Trump renunciaram em vez de seguir com as reivindicações.
Trump continua a fazer alegações de fraude eleitoral através do Twitter e demitiu o diretor da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, Chris Krebs, um republicano, que havia atestado a integridade da eleição na semana passada.
2. Boeing 737-Max deve ser liberado novamente
Os reguladores dos Estados Unidos devem liberar o Boeing 737-Max para voar novamente após um hiato de quase dois anos. A aeronave, que foi a maior fonte de receita da Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) até dois acidentes fatais em 2018 e 2019, retorna a um mercado de aviação praticamente irreconhecível em comparação com o de 20 meses atrás.
As companhias aéreas de todo o mundo, que haviam se alinhado para fazer pedidos dele e do modelo Airbus comparável antes da pandemia, estão agora fazendo o que podem para cancelar ou adiar as solicitações, enquanto vendem e alugam de volta muitas de suas outras aeronaves para reduzir custos.
As companhias aéreas e empresas de leasing já cancelaram mais de 10% dos pedidos da aeronave. A Boeing estima que o encalhe e os acidentes custaram cerca de US$ 20 bilhões até o momento.
A Administração Federal de Aviação americana deve publicar as ordens concedendo o direito de voar no decorrer desta quarta-feira, de acordo com vários relatórios.
3. Índices devem abrir em alta
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em altas modestas, lutando para achar uma direção enquanto o mercado pondera o aumento contínuo de casos da Covid-19 em todo o país contra a perspectiva de distribuição generalizada de vacinas no próximo ano.
Às 09h20, o S&P 500 Futuros, o Dow Jones Futuros e o Nasdaq 100 Futuros subiam 0,46%, 0,38% e 0,22%, respectivamente.
Os dados de vendas no varejo americanos fracos para outubro intensificarão o foco nos números de novas casas e licenças de construção para o mesmo mês, que serão divulgados às 10h30, horário de Brasília. O mercado imobiliário tem sido uma fonte isolada de força na economia até agora, mas pode começar a esfriar à medida que as taxas de hipotecas – que recuaram cerca de 100 pontos-base este ano – começarem a mostrar sinais de queda.
4. Balanços de varejistas
A enxurrada de divulgações de empresas do varejo americano continua, com Target (SA:TGTB34) (NYSE:TGT), TJX (NYSE:TJX) e Lowe’s (NYSE:LOW) (SA:LOWC34) reportando nesta quarta-feira. A Target liderou o caminho ao superar substancialmente as expectativas e divulgar ganhos ajustados por ação de US$ 2,79, em comparação com os US$ 1,60 esperados.
Lucros relatados da Lowe vieram em linha com as previsões, enquanto a Nvidia apresentará o relatório após o fechamento, assim como a Trip.com.
5. Estoques de petróleo no radar com Opep+ branda em cortes
O governo dos EUA divulgará o relatório oficial dos estoques de petróleo da semana passada às 12h30, como de costume. O documento será comparado com os números do American Petroleum Institute na terça-feira, que mostrou um aumento de mais de 4 milhões de barris em estoques na semana passada.
O Petróleo WTI Futuros subia 1,2% a US$ 42,16 o barril, enquanto o Petróleo Brent Futuros avançava 1,2%, a US$ 44,30.
Uma reunião de especialistas técnicos da OPEP + na terça-feira não conseguiu dar qualquer recomendação clara sobre a política de produção aos ministros, como alguns esperavam, mas a linguagem que saiu da reunião assegurou a muitos que o grupo está alerta para o risco de causar um novo excesso de produção.