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Digitalização do investidor aumenta na pandemia e uso de aplicativo bancário dispara, mostra estudo

O uso da plataforma passou de 30% para 62% da preferência como meio para uma aplicação financeira

- NordWood Themes via Unsplash
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Os meios digitais estão ganhando a preferência do investidor. Com a pandemia, pela primeira vez, o aplicativo do banco foi a solução mais utilizada na hora de realizar o investimento, ultrapassando a ida presencial à instituição, que liderava até então. O uso da plataforma mais do que dobrou em 2020, passando de 30% para 62% da preferência como meio para uma aplicação financeira. A visita presencial à agência caiu de 71% em 2019 para 55% um ano depois.

Os dados são de pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha, que ouviu 3,4 mil pessoas da população economicamente ativa, aposentados e pessoas que vivem de renda, das classes A, B e C em todas as regiões do país.

O levantamento aponta que todas as outras formas de investimento a distância também apresentaram crescimento significativo, como site do banco ou corretora e por telefone.

Apesar de toda a digitalização, a conversa presencial com o gerente ou assessor de investimento continua na liderança quando o assunto é a busca de informações para decidir sobre o melhor destino para as economias: 41% dos investidores indicaram a preferência por esse meio. Os sites de notícias e os amigos/parentes também são opções relevantes, com 18% e 15% de preferência.

"O investidor continua valorizando o atendimento presencial e o aconselhamento com um profissional, a despeito de toda a digitalização observada no mercado financeiro nos últimos anos.", afirma Marcelo Billi, superintendente de comunicação, certificação e educação de investidores da Anbima.

O estudou mostra que as pessoas ainda necessitam conversar com alguém para a tomada de decisão sobre onde colocar o dinheiro, mas o investimento em si é feito por meios eletrônicos, seja pelo aplicativo ou site do banco ou corretora.

"Isso sugere que o uso dos meios digitais não substitui completamente o contato com os profissionais de investimento. Pelo contrário, a pesquisa mostra que mesmo usando os meios digitais, o investidor ainda quer o apoio de um especialista ou profissional antes de decidir onde alocar suas economias", afirma Billi.

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