Fleury

Diversificação e inovação aumentam as chances do Fleury alcançar segmentos além do premium

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O grupo de medicina diagnóstica Fleury (FLRY3), focado no segmento premium, vai voltar a investir no mercado popular. O grupo anunciou o relançamento da marca Campana em uma versão 100 por cento digital. O agendamento e envio dos pedidos médicos serão feitos por meio de um aplicativo e os exames para as análises clínicas serão realizados na residência ou outro local de preferência do paciente.

Inicialmente, o Campana vai atuar apenas na cidade de São Paulo, com a oferta de cerca de 95 por cento dos principais exames clínicos.

A primeira operadora a fechar parceria é a Prevent Senior, cujo atendimento começa em janeiro. A companhia pretende oferecer o novo serviço, denominado “Campana até você”, para outras operadoras e seguradoras.

Em paralelo à criação de novos produtos, o Fleury continua analisando aquisições. Nos últimos dois meses, a companhia anunciou a compra de três laboratórios que juntos somam 214 milhões de reais. Entretanto, com o foco da companhia no crescimento, a margem pode ser afetada negativamente.

E Eu Com Isso?

Vemos a notícia como positiva para a empresa. A diversificação aliada com a inovação pode fazer com que o Grupo Fleury (FLRY3) aumente suas chances de se estender a outros segmentos além do premium. A reação do mercado foi positiva: enquanto o Ibovespa recuou 0,13 por cento, as ações da Fleury avançaram 0,59 por cento.

Uma das razões que motivaram a companhia a investir neste novo produto é o crescimento no volume de exames realizados em domicílio. No terceiro trimestre, esse serviço na bandeira Fleury teve uma expansão de 20 por cento.

“Há um mercado potencial de 2,6 milhões de pessoas que não atendemos. Vamos ter uma estrutura muito competitiva, sem custos elevados, porque não teremos unidades físicas. Além disso, já contamos com uma plataforma que é usada pelo laboratório Fleury e a experiência de muitos anos em atendimento domiciliar”, diz Carlos Marinelli, presidente do Grupo.

Questionado se a criação de um laboratório digital não canibalizará as demais marcas do grupo, como o laboratório a+ que também atua em São Paulo, Marinelli, disse que não há esse risco porque o Campana é voltado a outro público e os serviços são mais limitados.

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