A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI estimam que existe uma chance de 60% de que os dividendos do quarto trimestre de Petrobras (PETR3)(PETR4) serão pagos por meio da mesma metodologia utilizada em períodos anteriores.
As dúvidas foram alimentadas a partir de mudança recente nas diretrizes da companhia, com a chegada do novo governo.
A Petrobras já pagou aproximadamente US$ 36 bilhões em dividendos aos acionistas (incluídas as vendas de ativos), o que representa 124% do pagamento de lucros e 100% do FCO-capex.
Caso a política atual se mantenha para a próxima rodada, isso implicaria em distribuição de US$ 5 a US$ 6 bilhões em dividendos, o que permitiria à estatal encerrar o intervalo entre outubro e dezembro em nível semelhante aos três meses que antecederam o período.
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Para os analistas Ricardo França e Vicente Falanga, mesmo que o próximo CEO queira bloquear o pagamento com a justificativa de haver a necessidade de acelerar os investimentos, seria improvável que a vontade fosse suficiente para convencer a administração e o conselho da Petrobras, já que a empresa está atualmente mais próxima do limite inferior de sua meta de alavancagem e há muito tempo para acumular caixa para investimentos de longo prazo, como refinarias e energias renováveis.
Ao mesmo tempo, Falanga e França argumentam que outro sólido pagamento de dividendos para o quarto trimestre ajudaria a situação fiscal do Brasil ao gerar outros R$ 10 bilhões.
Na opinião dos analistas, embora muitos fatores permaneçam incertos, a probabilidade de um pagamento de dividendos de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões atualmente continua a ser maior do que menor.
