O impasse em torno da votação de um novo pacote de estímulos para a economia norte-americana influenciou o mercado em todo o mundo e teve impactos no Brasil. O dólar aproximou-se de R$ 5,48, e a bolsa de valores devolveu parte dos ganhos dos últimos dias.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (12) vendido a R$ 5,478, com alta de R$ 0,062 (+1,14%). A divisa iniciou o dia em queda. Pela manhã, chegou a cair para R$ 5,35. No entanto, inverteu a trajetória e subiu até encerrar na máxima do dia. Essa foi a terceira alta diária seguida da moeda norte-americana.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 102.341 pontos, com queda de 2,35%. Pela manhã, o indicador chegou a operar com pequena alta, mas desabou nas horas seguintes, num movimento de realização de lucros, quando investidores vendem ações para embolsarem lucros de dias anteriores, e seguindo o mercado internacional.
O pessimismo no mercado global foi provocado pela decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de abandonar as negociações em torno de um novo pacote de estímulos para a economia dos Estados Unidos. Com a retirada da Casa Branca das conversas, as discussões caberão aos senadores republicanos.
A renovação do pacote de estímulos, que venceu em julho, é essencial para reativar a maior economia do planeta, que enfrenta a terceira onda da pandemia do novo coronavírus. Uma eventual injeção de dólares pelo governo norte-americano reduziria o valor da moeda em todo o planeta e beneficiaria países emergentes, como o Brasil.
No Brasil, as negociações também foram influenciadas pelas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que pode conceder uma nova rodada de auxílio emergencial no caso de uma segunda onda de covid-19 no Brasil. Em evento para empresários de supermercado, ele voltou a defender a introdução de uma contribuição sobre transações digitais, semanas depois de afirmar que a ideia havia sido descartada.
*Com informações da Reuters