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Dólar comercial supera R$ 5 pela primeira vez na história; Ibovespa tomba 13,92%

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou o pregão desta segunda-feira (16) com queda de 13,92%, aos 71.168,05 pontos, refletindo a crescente preocupação com a pandemia da Covid-19 e a possível recessão global decorrente da crise de saúde.

Outro reflexo desse cenário, no mercado financeiro brasileiro, foi mais uma alta do dólar comercial, que pela primeira vez na história ultrapassou a cotação de cinco reais e terminou o dia cotado a R$ 5,047, com valorização de 4,86% ante o Real. 

Os mercados seguem em pânico com a epidemia do novo coronavírus. Semana passada, o Ibovespa teve sua pior semana desde 1997, com acionamento de circuit breaker por 4 vezes e hoje a paralisação temporária dos negócios voltou a ocorrer.

Nas redes, as piadas com o episódio continuaram, bem como  os lamentos:

Usuários também se assustaram com o fechamento recorde do dólar:

Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei teve recuo de mais de 2%. A Bolsa de Xangai encerrou o pregão em queda de 3,40%.

Na Europa, DAX 30 caiu mais de 5%, assim como o índice CAC 40. O FTSE 100 fechou o dia com perdas de 4,01%

Já em Nova York, também houve circuit breaker, quando o S&P 500 atingiu perdas de 7%. Na volta da parada, o índice derretia 7%. A parada foi de 15 minutos. O Dow Jones e a Nasdaq tombaram mais de 12% enquanto o S&P 500 derreteu 11,98% ao fim desta segunda-feira.

Coronavírus

A pandemia do novo COVID-19 continua a avançar. No Brasil, o número de casos chegou a 200, sem mortos. No mundo, são mais de 170 mil ocorrências, com cerca de 6600 óbitos. A doença parece ter se estabilizado na China, epicentro original, enquanto atingiu grandes proporções na Europa, com a Itália em quarentena.

Fed

Em nova reunião de emergência, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, promoveu novo corte na taxa básica de juros, para o intervalo de 0 a 0,25% a.a., além de anunciar compra de títulos e hipotecas somando US$ 700 bilhões. Outros bancos centrais, como o japonês e o canadense, também prometeram ações coordenadas com a instituição norte-americana.

Conselho Monetário Nacional

O CMN (Conselho Monetário Nacional) teve reunião extraordinária na manhã desta segunda-feira, com a decisão de facilitar a renegociação de crédito de empresas e famílias e expandir a capacidade de utilização de capital dos bancos. Segundo nota da instituição, as medidas têm como objetivo amenizar os efeitos do coronavírus na economia brasileira.

Petróleo

Os preços da commodity continuam em queda, com a Arábia Saudita divulgando, durante o fim de semana, que vai vender a US$25/barril.

Em Brasília

As tensões entre os Poderes aumentaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações do último domingo (15), que tinham como pautas o fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal). O episódio aumenta os riscos da agenda econômica não avançar.

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