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Dólar dispara, a R$ 5,49; mercado reage à possível saída de Moro e Ibovespa retorna aos 79 mil pontos

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava com perdas durante o pregão desta quinta-feira (23), após manter alta até o começo da tarde, seguindo os mercados internacionais. Por volta das 15h40, as perdas eram de 0,98%, aos 79.894,00 pontos.

A virada é alinhada com as bolsas norte-americanas, que caíram com investidores se decepcionando com possível remédio para o novo coronavírus.

Além disso, investidores reagiram mal à notícia de que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, teria pedido demissão nesta quinta-feira (23). O furo é do jornal Folha de S. Paulo, e nem o presidente Jair Bolsonaro nem o ministro se pronunciaram ainda. 

O dólar comercial tinha valorização de 1,50%, cotado a R$ 5,490, atingindo novo recorde intradiário. O Banco Central anunciou leilão extraordinário de swaps para tentar conter a alta, que se intensificou após a autoridade monetária sinalizar mais quedas na taxa de juros.

Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei 225 fechou com alta de 1,52%, enquanto o Shangai Composite teve queda de 0,19%.

Na Europa, DAX 30 avançava 0,95%, enquanto FTSE 100 subia 0,97%. CAC 40 ganhava 0,89%.

Nos Estados Unidos, os Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operavam com alta, com ganhos de 0,77%, 0,52% e 0,50%, respectivamente. Os índices norte-americanos reduziram ganhos após o mercado se decepcionar com a notícia de que o remédio Remdesivir falhou no teste contra o novo coronavírus.

Dados econômicos

Os PMIs da Zona do Euro atingiram sua mínima histórica na preliminar de abril, a 13,5. O número vem bem abaixo das expectativas do mercado, que estimava 26. Já os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, para a semana passada, vieram em linha com as projeções: 4,4 milhões de norte-americanos perderam seus empregos no período.

Coronavírus

No mundo, os casos do covid-19 somam mais de 2,6 milhões, com cerca de 180 mil mortos. No Brasil, as ocorrências beiram 47 mil, enquanto os óbitos chegam a quase 3 mil.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou ontem que um plano para saída do isolamento social deve ser apresentado na semana que vem. Ontem, o governador de São Paulo, João Doria, apresentou as etapas para relaxamento das medidas de distanciamento no estado que é epicentro da doença no país.

Sérgio Moro

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o “superministro” teria se demitido nesta tarde. Moro estaria descontente com a decisão do presidente Jair Bolsonaro em trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje comandada por Maurício Valeixo. O jornal afirma que Moro sairá com Valeixo, um de seus homens de confiança. Outros ministros do governo tentam reverter a decisão do comandante da pasta de Segurança.

Até agora, não há confirmação oficial do Planalto.

Em Brasília

Dentro do arsenal de combate aos estragos econômicos da pandemia, o programa Pró-Brasil foi apresentado ontem. O pacote conta com R$ 30 bilhões de investimentos públicos e R$ 250 bilhões em concessões, mas sua implementação ainda não foi detalhada.

No Senado, a ampliação de beneficiados pelo coronavoucher foi aprovada, mas o Ministério da Cidadania adiou a segunda parcela do auxílio, alegando falta de verba no momento.  Enquanto isso, a Câmara dos Deputados aprovou linha de crédito para micro e pequenos empresários, com a condição de manutenção de empregos.

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