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Dólar e bolsa caem com nova CPMF e Previdência adiada

O dólar caiu hoje, em meio à volta das preocupações com a aprovação da reforma da Previdência no Senado, que ficou para a semana que vem e pode ter mudanças no texto para facilitar sua aprovação. A moeda americana chegou a apresentar alta pela manhã, mas fechou cotada a R$ 4,0950 para venda, em queda de 0,07%, acumulando alta de 0,37% na semana, queda de -1,13% no mês, alta de +5,68% no ano e de +0,29% em 12 meses.

O mercado também repercutiu mal a proposta do governo de recriar a CPMF, rebatizada de contribuição sobre pagamentos, com alíquotas de 0,2% para débitos e créditos e 0,4% para saques e depósitos em dinheiro.

Trump fala em retomada de negociações semana que vem com a China

No exterior, as atenções se concentraram na crise política do Reino Unido em torno da saída da União Europeia. Hoje, o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, alertou que um Brexit sem acordo, como quer o primeiro-ministro Boris Johnson, seria negativo para a inflação, e crescimento. Nos EUA, o presidente Donald Trump afirmou que a China deve retomar as negociações comerciais na semana que vem. Trump também demitiu o conselheiro de Segurança Nacional John Bolton.

Já autoridades chinesas afirmaram que poderiam comprar mais produtos agrícolas americanos caso os aumentos de alíquotas anunciados por Trump sejam adiados e os americanos reduzam a pressão sobre a empresa de tecnologia Huawei.

Apple apresenta novo iPhone e canal de TV

Hoje também a Apple apresentou seu novo iPhone e sua nova linha de produtos, que incluem um canal de TV via streaming que vai custar US$ 4,99 por mês e será grátis por um ano para quem comprar o novo iPhone, iPad ou iMac. Anunciou ainda um novo serviço de videogames. A ação da empresa subiu 1,18%, enquanto outras de tecnologia caíram. Os investidores estão fazendo uma rotação de setores e derrubaram as ações de tecnologia e compraram mais papéis de setores básicos, como industriais, também por conta dos sinais de retomada de negociação entre China e EUA.

O Dow Jones fechou em alta de 0,28%, o Standard & Poor’s 500, de 0,03% eo Nasdaq caiu 0,04%.

Já o Índice Bovespa fechou em queda de 0,14%, aos 103.031 pontos, acumulando +0,09% na semana, +1,88% no mês, +17,23% no ano e +34,79% em 12 meses. O volume negociado foi de R$ 17,426 bilhões. No dia 6 de setembro, a bolsa teve retirada líquida de R$ 281,246 milhões em capital estrangeiro. Com isso, o saldo no mês está negativo em R$ 2,026 bilhões. Em 2019, a saída líquida acumulada situa-se em -R$ 23,256 bilhões.

Segundo o BB Investimentos, o índice brasileiro não conseguiu se firmar em alta, terminando com leve baixa após quatro pregões consecutivos positivos. Entre os papéis mais negociados, o setor de bancos terminou em queda depois das altas recentes, enquanto as ações da Petrobras e da Vale encerraram positivas. Itaú Unibanco PN caiu 1,94% e Bradesco PN, 1,77%. Sem maiores explicações, o setor de educação respondeu pelas duas maiores altas no dia do índice. Yduqs Participações ON subiu 3,41% e Kroton ON, 3,29%. Em seguida vieram CSN ON, com 2,96% e Gerdau PN, 3,13%.

Amazon derruba varejistas

Já na parte negativa, os papéis do setor de varejo sofreram com a investida da gigante internacional Amazon no mercado doméstico. O anuncio da Amazon do início da sua operação Prime no Brasil envolve a entrega grátis para cerca de 90 cidades do pais em menos de 48h. O movimento da companhia americana provocou maior aversão ao risco aos investidores para as varejistas locais, com o temor de que a Amazon possa acelerar o seu processo de entrada no país, diz a Guide Investimentos. Magazine Luiza, com -4,97%, B2W, com -4,83%, e Via Varejo, com -3,28% e Lojas Americanas, com -3,20%, foram as principais quedas do índice.

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