O dólar caiu pelo oitavo pregão consecutivo nesta sexta-feira (25), a uma nova mínima desde março de 2020, marcando sua décima semana de perdas no ano e consolidando a posição do real como a moeda que mais ganha no mundo no acumulado de 2022.
Após cair 1,75% na sessão desta sexta, a R$ 4,746, a moeda norte-americana acumula agora queda de 14,8% no ano. O patamar de encerramento desta sexta-feira foi o menor desde 11 de março de 2020 (4,7207).
A desvalorização semanal do dólar foi de 5,38%, a quarta consecutiva e décima das 12 semanas de negociação completas deste ano.
O conflito na Ucrânia levantou temores generalizados de restrição de oferta de produtos como petróleo e commodities agrícolas, impulsionando seus preços. Isso voltou a atenção de investidores internacionais para alternativas à Rússia e à Ucrânia – importantes exportadoras -, especialmente na América Latina, região considerada menos vulnerável à crise geopolítica.
Com a taxa Selic atualmente em 11,75%, o Brasil tem uma das maiores taxas de juros nominais do mundo, perdendo apenas para Rússia – golpeada por sanções ocidentais em resposta à guerra -, Argentina e Turquia -dois países que sofrem com inflação galopante.
E os custos dos empréstimos brasileiros devem subir ainda mais, com ampla expectativa de que o Banco Central promova elevação de 1 ponto em sua reunião de maio. O presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, tem sinalizado que o ciclo de aperto monetário iniciado no ano passado deve parar por aí, mas algumas instituições financeiras e participantes do mercado projetam altas adicionais da Selic.
*Com informações da Reuters