O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou a sessão de negociação desta terça-feira (14) com leve alta de 0,26%, aos 117.632 pontos. O dia foi marcado por alta volatilidade na véspera da assinatura do acordo comercial preliminar entre China e EUA.
As ações com maiores altas no pregão foram:
- Eco Rodovias Infraestrutura ON: +4,26%, cotada a R$ 17,36;
- CCR ON: +3,33%, cotada a R$ 18,91;
- Lojas americanas PN: +3,26%, cotada a R$ 27,87.
Dólar
Por sua vez, o dólar comercial fechou o dia com desvalorização de 0,27%, cotado a R$ 4,131, após ter subido em sete das oito sessões anteriores de 2020.
Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:
Guerra comercial
Nesta semana, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He visitará os EUA para a assinatura de um acordo que colocará fim na guerra comercial entre os dois países. A chamada “fase 1” dos acordos comerciais propõe que a China aumente suas importações dos EUA e que, em troca, os americanos retirem parcialmente as tarifas alfandegárias.
Apesar do otimismo, dois pontos ainda estão sob os olhares dos investidores: em primeiro lugar, não está marcada uma data para que se assine uma “fase 2” dos acordos; em segundo, se os acordos do tratado não forem cumpridos, uma nova escalada de tensões pode surgir entre os dois países.
Setor de serviços
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços caiu 0,1% em outubro de 2019 e teve alta de 1,8% em relação ao mesmo mês de 2018. De outubro para novembro, três das cinco atividades do setor de serviços tiveram queda: correio (-0,7%), serviços prestados às famílias (-1,5%) e serviços de informação e comunicação (-0,4%).
Reformas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que a agenda de reformas do governo será retomada nos próximos dias. Segundo ele, a reforma administrativa será encaminhada ao Congresso em fevereiro e, logo em seguida, a reforma tributária também deve seguir para debate. Entretanto, o Congresso não criou uma comissão especial mista para a reforma tributária, o que pode atrasar a instauração das regras e a medida entrar em vigor apenas em 2022.
Boletim Focus
A edição desta semana do Boletim Focus, do Banco Central (BC), que traz as expectativas do mercado para alguns indicadores da economia, trouxe poucas mudanças: a perspectiva para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, foi atualizada de 3,60% para 3,58%, e a taxa de câmbio também teve queda de R$ 4,09 para R$ 4,04, ambos para 2020.
A expectativa do crescimento da produção industrial em 2020 também caiu de 2,19% para 2,10% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) teve elevação, chegando a 4,36% para o mesmo ano.
Em 2020, a taxa básica de juros, a Selic, deve se manter em 4,50%. Já para 2021, o mercado espera que ocorra uma elevação para 6,25%, frente a uma expectativa anterior de 6,50%. A taxa de juros é o principal instrumento do BC para o controle da inflação.
Por fim, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços do país, foi mantido em 2,30%, para 2020, e em 2,50% para 2021, 2022 e 2023.