O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, fala hoje (6) em live (videoconferência) organizada pela XP Investimentos sobre sua visão da atuação do Brasil durante a pandemia de Covid-19. “É um momento excepcional e devemos lidar com a excepcionalidade”, diz Moro sobre o aumento de gastos durante a crise. “O papel do ministro da Economia, agora, é dizer ‘sim’.”
Sobre a suposta queda do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ele comenta que “não trabalha com especulações”. O furo é do jornal carioca O Globo.
“A primeira preocupação é atender necessidades imediatas [da segurança pública]”, diz ele sobre a possível necessidade do aumento do orçamento para a área de justiça e segurança para combater a criminalidade. Na frente, acredita que deverá ser analisada a recomposição dos trabalhos, e a prioridade será diminuir indicadores de criminalidade. “Aplicação eficiente e controle dos recursos: esses objetivos não são esvaziados pela epidemia”, diz.
“A pandemia é dinâmica, e gera desafios para nós todo dia. Pensamos lá na frente, em cenários possíveis, e evitar pânicos desmedidos sobre o que pode acontecer”, diz.
O ministro destaca o fechamento das fronteiras, tanto aérea quanto terrestre, que começou pela Venezuela. “Infelizmente não temos capacidade para atender confortavelmente estrangeiros”. As fronteiras aéreas estão fechadas, assim como os portos, para alguns países específicos que apresentam mais risco na visão do Ministério.
Perguntando sobre a entrada de estrangeiros, ele responde que era uma dificuldade prática antes da obtenção de testes rápidos no país. Mas isso caberia mais à Anvisa que ao Ministério. “Desde a semana do dia 20, temos a proibição total de estrangeiros via aérea para o Brasil, com poucas exceções.”