Empresa aérea

Embraer dispara 12% com otimismo sobre mudanças na aviação pós-pandemia

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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – As ações ordinárias da Embraer (SA:EMBR3) disparavam mais de 13% na tarde desta quinta-feira (3) com o otimismo pela chegada das vacinas e com a expectativa pelo aumento da regionalização de rotas a partir do período pós-pandemia, segundo relatório sobre o setor publicado pela fabricante de aviões na véspera.

Perto das 15h12, os papéis da empresa eram negociados a R$ 9,61, com mínima em R$ 8,40 e renovando a máxima do dia. O volume de negociação era de R$ 323,8 milhões e o movimento em linha com a alta de 1,2% do Ibovespa, a 113.218 pontos.

Nesta quarta-feira (2), a Embraer divulgou o relatório periódico que analisa a demanda de passageiros por viagens aéreas e novas entregas de aeronaves para os próximos 10 anos.

A empresa apontou que o forte impacto de curto prazo da pandemia no setor de aviação deve ter consequências duradouras, com mudanças em frotas e rotas aéreas que podem beneficiar os produtos da brasileira.

Segundo o relatório, já há uma tendência de redimensionamento de frotas que usam aeronaves de menor capacidade para atender à baixa demanda, o que também deve ser impulsionado pela regionalização de empresas e serviços e pelo aumento da preferência de passageiros por voos de curta distância.

A companhia cita a descentralização de escritórios de grandes centros urbanos, que deve exigir aéreas mais diversificadas, além do foco em modelos de aeronaves mais eficientes e sustentáveis.

Assim, segundo a empresa, as mudanças apontam para uma ênfase do seu principal segmento, de aviões de até 150 lugares.

O que dizem os analistas

Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), em relatório divulgado nesta quinta-feira (3), a regionalização que deve seguir o período pós-Covid tende a beneficiar empresas como a Embraer, cujo “próximo grande passo estratégico” deva ser o segmento de turbopropulsores.

Os analistas apontam que a companhia já tem feito estudos para possíveis parcerias na área e um deles poderia possivelmente ser a sueca Saab.

Ainda assim, como a fabricante tem olhado somente para determinados projetos, e não para a venda da parte comercial, o banco de investimentos aponta que a incerteza sobre os impactos de uma futura parceria maior mantém a ação como equivalente a Neutra.

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