A CNT, subsidiária da estatal chinesa China Nonferrous Metal Mining Group, adquiriu a maior reserva de urânio do Brasil, localizada em Presidente Figueiredo, no Amazonas. O município está a 107 quilômetros de Manaus, próximo à rodovia BR-174, que conecta o estado às fronteiras com a Venezuela e a Guiana.
O negócio foi concluído na madrugada da última terça-feira (26) e já foi anunciado nas bolsas de valores de Pequim e Lima. Ambas as empresas envolvidas pertencem ao governo chinês, reforçando o interesse estratégico da China em recursos naturais, como o Urânio.
A aquisição coloca em evidência questões sobre soberania nacional e controle de recursos estratégicos, especialmente considerando o uso dual do urânio em energia e armamentos.
A empresa ainda não divulgou os detalhes financeiros do acordo, mas a transação deverá gerar debates no cenário político e econômico brasileiro.
Sobre o urânio
Cientistas descobriram o urânio, um elemento químico radioativo, em 1789. As usinas nucleares utilizam o urânio principalmente como combustível, onde o processo de fissão nuclear produz energia térmica que se transforma em eletricidade. Além disso, a indústria militar emprega o urânio como componente estratégico e essencial para fabricar armas nucleares, devido às suas propriedades físico-químicas únicas.
No Brasil, onde existem importantes reservas deste minério, o país destina 99% do urânio que extrai e processa exclusivamente à geração de energia elétrica através das usinas nucleares, demonstrando seu compromisso com o uso pacífico desta tecnologia.