Após dois meses consecutivos de queda, as vendas do comércio varejista ficaram estáveis (-0,1%) na passagem de setembro para outubro.
Com esse resultado, o varejo encontra-se 6,4% abaixo do patamar recorde, alcançado em outubro de 2020. Houve recuo de 7,1% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Tanto no ano quanto em doze meses, o setor acumula ganho de 2,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Essa variação de -0,1% se compõe de muita estabilidade, inclusive em praticamente todas as atividades. Então não há protagonismo nessa composição para nenhuma delas. Já vimos há alguns meses o setor de hiper e supermercados, que tem um peso grande, puxando o índice para cima. Mas não foi o que aconteceu em outubro, mês em que tivemos um equílibrio entre os setores”, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
O resultado de estabilidade no campo negativo foi disseminado por cinco das oito atividades investigadas pela pesquisa. Entre elas, as variações mais intensas foram registradas pelos setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), móveis e eletrodomésticos (-0,5%), combustíveis e lubrificantes (-0,3%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).
O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%) também ficou estável na passagem de setembro para outubro.
Já os setores que cresceram no período foram tecidos, vestuário e calçados (0,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,6%).
“A atividade de tecidos, vestuário e calçados foi uma das que mais caíram no início da pandemia porque o consumo dela é muito baseado na experienciação do produto. Houve uma queda intensa de março para abril do ano passado e o padrão de consumo não voltou depois disso”, analisa Cristiano.
Na passagem de setembro para outubro, o varejo teve resultados positivos em 17 das 27 unidades da Federação, com destaque para Acre (3,0%), Alagoas (2,4%) e Rondônia (2,4%). Já entre os estados que tiveram queda destacam-se Amapá (-2,8%), Roraima (-2,3%) e Rio de Janeiro (-2,2%).
Com informações de Agência de Notícias IBGE.
*Matéria atualizada às 9:06.