Desde janeiro de 2021, a Exxon testa um projeto piloto de uso para o gás excedente produzido pela empresa em Dakota do Norte, nos Estados Unidos. O combustível, que seria queimado pela petrolífera, agora está sendo utilizado em um projeto de mineração de bitcoins.
Sem ter como escoar a produção excedente de gás natural no estado americano, até então a Exxon queimava o combustível devido a falta de dutos. No entanto, uma parceria com a Crusoe Energy Systems Inc permite que o combustível seja utilizado para gerar receita para a empresa.
O projeto foi expandido em julho de 2021, e atualmente a Exxon destina 18 milhões de pés cúbicos de gás natural para minerar criptoativos. Considerada a maior produtora de petróleo dos Estados Unidos, a empresa pretende iniciar o mesmo projeto em outras quatro localidades.
Além de Dakota do Norte, a Exxon pode usar a produção de gás natural para minerar bitcoins no Alasca (EUA), na Nigéria, na Alemanha e na Argentina através de um campo de xisto.
A Exxon possui um acordo com o Banco Central dos Estados Unidos que visa interromper a queima de gás natural excedente até 2030. Segundo o gerente do programa de licenciamento da Divisão de Qualidade do Ar da Dakota do Norte, Craig Thorstenson, cerca de 10% da produção de gás natural no estado é descartada.
Dessa forma, o bitcoin pode ajudar a petrolífera a conquistar a meta ambiental acordada com o Banco Central dos EUA, utilizando o combustível para abastecer um sistema de mineração do criptoativo.
Além da atividade de mineração, em breve o bitcoin pode ser utilizado como moeda de pagamento para a venda de larga escala de gás natural. Recentemente, a Rússia anunciou que pretende adotar a moeda digital em vendas do combustível para outros países.
*Com informações do Panorama Crypto