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EzTec (EZTC3), MRV (MRVE3) e mais construtoras perdem 8%, com corte de Caixa em crédito imobiliário

Banco estatal vai oferecer apenas R$ 5,5 bilhões por mês, volume muito menor que a média de R$ 8,1 bilhões por mês nos primeiros 10 meses de 2022

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Às 12:33 desta segunda-feira (5), as ações de EzTec (EZTC3) caíam 6,33%, a R$ 14,50. Cyrela (CYRE3) recuava 5,81%, a R$ 13,77 por papel, ao passo que MRV (MRVE3) perdia 4,47%, a R$ 8,13.

Cury (CURY3) amargava queda de 5,92%, a R$ 10,81, enquanto Direcional (DIRR3) cedia 4,65%, a R$ 14,57. Tenda (TEND3) desabava 7,71%, a R$ 4,43. Plano e Plano (PLPN3) retraía 5,05%, a R$ 3,57. Trisul (TRIS3) despencava 6,02%, a R$ 3,75, enquanto Moura Dubeux (MDNE3) se desvalorizava em 3,37%, a R$ 5,73.

Even (EVEN3)(-7,53%), Mitre (MTRE3)(-5,53%), Lavvi (LAVV3)(-3,70%), JHSF (JHSF3)(-3,41%) e Helbor (HBOR3)(-3,40%) também são penalizadas.

A Caixa Econômica Federal (CEF) informou que vai oferecer apenas R$ 5,5 bilhões por mês de crédito imobiliário em novembro e dezembro deste ano, volume muito menor que a média de R$ 8,1 bilhões por mês nos primeiros 10 meses de 2022.

O fato acontece em momento de redução da carteira de crédito da poupança (SBPE), utilizada para financiamento imobiliário: na última apuração, o saldo do SPBE era de R$ 744 bilhões vs. R$ 789 bilhões no início do ano.

Para a Genial Investimentos, a notícia pesa sobretudo para construtoras que atuam fora do programa Casa Verde e Amarela, uma vez que a menor disponibilidade de funding pode fazer com que o banco estatal aumente a taxa de juros do financiamento imobiliário (atualmente, em Poupança + 2,8%).

Os outros bancos podem acabar seguir o mesmo caminho, o que provcaria a redução do crédito e aumento dos juros de forma generalizada e, no final, queda na demanda por imóveis, diz a corretora.

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