Cerca de 67% das famílias brasileiras estão endividadas, é o que é diz uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), em julho de 2020.
Entre os principais motivos para o alto índice estão a falta de planejamento financeiro e o discernimento dos gastos pessoais e familiares. Segundo Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills, saber dividir os dois orçamentos é de extrema importância para as finanças estarem organizadas.
No orçamento pessoal, incluem-se apenas os gastos únicos de cada pessoa, como a academia, faculdade, bens pessoais, etc. No caso do familiar, o nome já adianta o conceito e é preciso considerar todos os moradores que contribuem financeiramente para a casa e elaborar um orçamento estruturado para a junção dos valores de todas as contas, por exemplo, luz, água, aluguel, plano de saúde, compras, escola, etc.
A educadora financeira da Mobills separou algumas dicas para quem deseja colocar em prática a organização do orçamento familiar:
1. Não complique as coisas
Mesmo sendo mais experiente ou ainda iniciante na área, simplifique. Em momentos de empolgação e início de um projeto novo, sempre existe aquele desejo de "abraçar o mundo", mas é preciso tomar cuidado. O orçamento é algo que se tornará parte da sua rotina, nos altos e baixos. Quanto mais complicado ele for, mais será difícil cumpri-lo no longo prazo. Por isso, inclua aquelas categorias mais importantes na lista e tente não detalhar demais. Algumas sugestões são: moradia, saúde, educação, lazer e alimentação.
2. Mantenha o diálogo constante
Se você mora com outras pessoas que serão impactadas com o seu dinheiro (e vice-versa), o diálogo é de extrema importância. Até mesmo em orçamentos pessoais.
"Entenda as prioridades do outro, saiba se posicionar quando for necessário e aprenda que, às vezes, é preciso "abrir mão" de alguns desejos próprios visando o sucesso da família. E, com certeza, o contrário também ocorrerá. Mas isso só será alinhado com muito diálogo e sinceridade. Além disso, a falta de conversa pode ser nociva e incentivar dívidas, descontrole financeiro e escolhas muito ruins", completa Larissa.
3. Defina os objetivos e metas
Onde você quer chegar com esse orçamento? Todos temos objetivos e metas pessoais. Além deles, você deve ter em mente que o ideal é separar os particulares dos familiares, afinal são dois orçamentos diferentes. Pense, então, no seu propósito! Você deseja se aposentar no futuro, não é? Além disso, gostaria de fazer uma viagem com a família? Investir em mais estudos? Oferecer a melhor educação para os filhos?
4. Mantenha um acompanhamento periódico
Depois de traçar o seu orçamento é importante que ele se torne parte da sua rotina. Por isso, mantenha o hábito de acompanhá-lo sempre que possível. Definir periodicidades é interessante: você pode fazer breves análises semanais ou quinzenais, além de um estudo mais aprofundado mensalmente.
Acompanhar o seu planejamento financeiro também é primordial para manter o balanço financeiro pessoal e familiar sempre positivo.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Mobills