Na próxima quarta-feira (20), o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, informa sua decisão de política monetária.
O monitor da taxa de juros do Federal Reserve elaborado pelo Investing.com aponta uma estimativa de que o ciclo de aumento de 0,25 p.p. não seja retomado com uma probabilidade de 100%, contra 92% de chances na apuração da semana anterior.
A autoridade monetária havia pausado seu aperto na reunião realizada em agosto.
Agora, dirigentes do FOMC (Federal Open Market Committee), sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto, têm a missão de contratar decisões que não são fáceis.
André Carvalho, diretor de portfólio da Acura Capital, por exemplo, avalia que os indicadores divulgados nas últimas semanas suportam a tese de um soft-landing na economia, “com uma melhora significativa na composição da inflação”.
Com isso, o executivo aguarda pela manutenção da taxa de juros no nível atual. “Esperamos que o FOMC não eleve os juros neste encontro”, comentou.
Em seu relatório diário, a Levante Investimentos lembrou que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), sabe que seguir com o aperto dos juros “pode ter consequências sociais negativas”, mas que o mesmo não pode ignorar o fato de que permitir a inflação rodar “muito acima das metas também tem impactos devastadores sobre as economias”.
O economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, relembrou que “os indicadores de agosto não alteraram de forma substantiva o quadro da última reunião”.
Na avaliação do executivo, a atividade econômica local mostrou resiliência e uma inflação comportada, mas ainda acima da meta.
“Os debates continuarão em torno das chamadas defasagens da política monetária e dos riscos de que a atividade passe a desacelerar mais rapidamente a partir de agora”, pontuou.