Feijão e ferro fazem IGP-M de fevereiro, que corrige o aluguel, acelerar para 0,88% e acumular 7,60% em 12 meses

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,88% em fevereiro, percentual superior ao apurado em janeiro, quando variou 0,01%. A inflação do IGP-M superou a mediana das expectativas do mercado, que trabalhava com 0,70%. Com este resultado, o IGP-M acumulada alta de 0,89% no ano e de 7,60% nos últimos 12 meses. Em fevereiro de 2018, o índice havia subido 0,07% e acumulava queda de 0,42% em 12 meses.

Feijão em alta de 62% puxa a inflação

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,22% em fevereiro, após queda de 0,26% em janeiro.  Segundo o Departamento Econômico do Bradesco, a aceleração em relação a janeiro, quando o índice ficou próximo à estabilidade, refletiu tanto o avanço do IPA Agrícola quanto do IPA Industrial. Dentre os produtos agropecuários, que avançaram 2,71% (contra -0,71% em janeiro), destaque para a alta de feijão (62,35%), refletindo as consequências da quebra de safra.

Além disso, leite, ovos e soja também foram importantes vetores da alta. Já dentre os produtos industriais – que passaram de -0,12% para +0,74% este mês –, minério de ferro e óleo diesel impulsionaram o dado, registrando avanços de 11,98% e 7,56%, respectivamente. No primeiro caso, os preços foram impactados pelas notícias de redução da oferta brasileira da commodity, enquanto, no segundo, pela recente tendência ascendente do preço internacional do petróleo – que influencia diretamente os preços domésticos.

Apesar disso, o núcleo – que exclui indústria extrativa, combustíveis e produto alimentares – continuou em patamar baixo. Assim, segundo o Bradesco, ainda que as próximas divulgações continuem pressionadas, por conta dos movimentos altistas de alimentação, minério de ferro e combustíveis, não há sinalização negativa em relação aos custos dos produtores no curto prazo.

IPC acelera para 0,58%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,26% em fevereiro, ante 0,58% em janeiro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (2,12% para -0,16%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou 3,79% para 2,00%.

Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,94% para 0,65%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,52% para 0,29%), Vestuário (-0,07% para -0,66%), Habitação (0,41% para 0,37%) e Despesas Diversas (0,28% para 0,20%). As principais influências para a desaceleração dos grupos partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (4,83% para -0,33%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,09% para -0,46%), roupas (0,00% para -0,94%), taxa de água e esgoto residencial (1,93% para 0,00%) e alimentos para animais domésticos (1,59% para -0,47%).

Em contrapartida, os grupos Comunicação (0,10% para 0,24%) e Transportes (-0,03% para 0,00%), apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores avanços foram observados nos itens pacotes de telefonia fixa e internet (0,49% para 1,00%) e tarifa de ônibus
urbano (1,20% para 2,23%).

INCC desacelera para 0,19%

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,19% em fevereiro, contra 0,40% em janeiro. Os grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (0,19% para 0,23%), Serviços (0,98% para 0,86%) e Mão de Obra (0,43% para 0,05%).

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