O que podemos fazer para evitar tragédias futuras como a do Rio Grande do Sul?

É obrigação nossa, articular nossas ações cada vez mais, tanto individualmente quanto coletivamente, pensando no planeta. O que acontece no Rio Grande do Sul não é um problema isolado nem culpa do governador ou outros. A culpa recai sobre cada um de nós que não faz corretamente o necessário. Isso inclui nosso consumo e o descarte inadequado de resíduos.

Devemos separar nossos resíduos em três frações: orgânicos para compostagem, recicláveis secos para catadores ou cooperativas, e enviar o mínimo possível para o aterro sanitário.

Quando falamos sobre essa divisão de três partes, percebemos que apenas cerca de 10% de tudo que descartamos vai para o aterro sanitário. Os recicláveis secos representam cerca de 30%, enquanto os orgânicos, compostáveis, representam 60%. Atualmente, esses resíduos orgânicos são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa no Brasil!

Se começarmos a fazer compostagem em casa e em nossos bairros, poderemos reduzir significativamente nosso impacto ambiental, contribuindo para mitigar os efeitos da crise climática que já estamos vivenciando.

Leia o que a Marina Sierra Camargo, sócia do Planta Feliz comenta: “Comecei a fazer compostagem depois de pensar que estava contribuindo muito para o planeta! Explico: Durante uma viagem pela Amazônia, um índio me fez refletir. Ele disse que, ´se eu não fizesse minha parte em São Paulo, não adiantava visitar sua aldeia ou comprar seu artesanato, pois não estaria contribuindo para isso`. Essas palavras me tocaram profundamente, pois já me considerava uma ecochata. Agora, quase 15 anos após essa viagem, percebo que estou fazendo sim!

Antes, falávamos sobre mudanças climáticas de forma mais abstrata, mas agora estamos experimentando calor extremo e chuvas intensas com mais frequência. Em 2009, tive uma experiência que me fez repensar minhas ações. Hoje, temos o primeiro pátio privado de compostagem da cidade de São Paulo, mostrando que pequenas ações podem gerar grandes mudanças.

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.

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