Prévia

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira (13)

Aqui está o que movimenta os mercados nesta quinta-feira, 13 de maio

-
-

Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – O Brasil segue as quedas das bolsas no exterior, enquanto o país acompanha o palco da CPI no Senado e sinais sobre a corrida eleitoral de 2022. Os dados de pedidos de seguro-desemprego dos EUA para abril informarão os mercados sobre a força da recuperação do emprego à medida que a venda de ações continua.

A orientação futura da Disney está em foco, enquanto Elon Musk descarta o bitcoin como método de pagamento para carros da Tesla (SA:TSLA34) (NASDAQ:TSLA). O conflito em Gaza aumenta, enquanto o oleoduto Colonial reinicia lentamente as principais atividades.

1. CPI da Covid e pesquisa eleitoral
Ontem, o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten, que chegou a ser acusado de mentir e foi ameaçado de prisão, prestou informações relevantes à CPI, como o relato de carta da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) encaminhada a diversas autoridades do governo federal que ficou dois meses sem resposta.

O documento, compartilhado por Wajngarten com a CPI, alertava para a necessidade de a negociação ser tocada com celeridade, diante da demanda mundial por vacinas. Ainda assim, em novembro, a oferta não havia sido respondida.

Enquanto isso, o Brasil registrou nesta quarta-feira 2.494 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 428.034, informou o Ministério da Saúde. Também foram contabilizados, de acordo com a pasta, 76.692 novos casos de coronavírus, com o total de infecções no país avançando para 15.359.397.

E no front eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 55% dos votos em uma eventual disputa de segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que ficaria com 32%, na eleição presidencial de 2022, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira.

O levantamento também apontou uma expressiva dianteira do petista em relação a Bolsonaro no primeiro turno, com 41% a 23%.

O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no exterior, recuava 0,25% no pré-mercado em Nova York.

2. Pedidos de seguro-desemprego em foco
A atenção se volta para o mercado de trabalho americano, após o choque da inflação desta quarta. Os pedidos iniciais por seguro-desemprego serão publicados às 9h30 e o mercado deve estudar cuidadosamente os números após o decepcionante relatório de empregos Payroll de abril.

A expectativa é de 490 mil solicitações iniciais, abaixo dos 500 mil pela segunda semana consecutiva. Os pedidos de seguro-desemprego semanais caíram quase pela metade desde o início de 2021, ajudados pelo programa de vacinação acelerado e pela redução generalizada das restrições de distanciamento social em muitos estados.

Autoridades do Federal Reserve deixaram claro que o quadro de empregos terá de se recuperar substancialmente antes que eles mudem a política monetária.

Também será interessante a divulgação do índice de preço ao produtor para abril, ao mesmo tempo, especialmente depois que o índice de preços ao consumidor subiu na quarta-feira para sua taxa mais alta desde a véspera da crise financeira de 2008 em abril.

3. Ações devem abrir mistas; guidance da Disney em foco
As ações dos EUA devem abrir mistas nesta quinta, após às perdas acentuadas de quarta depois que o salto substancial nos preços ao consumidor gerou preocupações de que a inflação galopante poderia forçar o Federal Reserve a agir antes do previsto.

Por volta das 8h57, os futuros do Dow Jones caíam 0,24%, enquanto os do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiam respectivamente 0,03% e 0,43%.

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem as da Walt Disney (SA:DISB34) (NYSE:DIS), que divulga balanço após o fechamento, embora os investidores procurem mais pelo que a gigante do entretenimento diz sobre o resto do ano, agora que o parque da Disneylândia está aberto e os turistas estão viajando novamente.

4. Musk rejeita Bitcoin como pagamento por carros da Tesla
Bitcoin, a maior moeda digital do mundo, despencou na quinta-feira depois de aparentemente perder o apoio incondicional de um de seus patrocinadores mais conhecidos.

O CEO da Tesla, Elon Musk, disse, em um tweet, que a fabricante de veículos elétricos está suspendendo o uso da criptomoeda como método de compra de seus veículos, citando preocupações sobre o impacto do bitcoin no meio ambiente mineração.

A moeda digital chegou a cair 13%, nível mais baixo desde março, mas diminuiu levemente as perdas para 11,99% a US$ 49.684. Apesar do recuo recente, o bitcoin ainda está com alta acima de 400% nos últimos 12 meses.

Musk tem sido um grande defensor das moedas digitais, incluindo bitcoin e Dogecoin. Em fevereiro, a Tesla anunciou que comprou US $ 1,5 bilhão em bitcoin e planejava aceitá-lo como pagamento, um movimento que agregou considerável legitimidade à criptomoeda.

5. Tensões em Gaza aumentam
A British Airways cancelou os voos de e para Tel Aviv na quinta-feira, seguindo o exemplo das principais companhias aéreas americanas em evitar voar para Israel em meio a um conflito crescente.

O país preparou tropas terrestres ao longo da fronteira de Gaza na quinta-feira, um movimento que lembraria incursões semelhantes durante as guerras Israel-Gaza em 2008-2009 e 2014, e o Hamas lançou barragens de foguetes em Israel durante os períodos mais violentos da região em anos.

Em meio a temores de que a violência pudesse ficar ainda mais fora de controle, Washington planejou enviar um emissor, Hady Amr, para conversas com Israel e palestinos.

Enquanto isso, nos EUA, a Colonial começou a reiniciar lentamente a maior rede de gasodutos de combustível do país na noite de quarta-feira, depois que um ataque de ransomware fechou a linha no final da semana passada, mas ainda levará vários dias para que as operações normais sejam retomadas.

Com isso, os preços do petróleo bruto caíam, impulsionados pela queda menor do que o esperado nos estoques dos EUA. Às 9h03, os futuros do petróleo WTI caíam 2,36% para US$ 64,51 o barril, enquanto o Brent recuava 2,22% para US$ 67,80.

Sair da versão mobile