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Veja o que está movimentando os mercados nesta terça-feira, 15 de junho

O ministro da economia, Paulo Guedes - Pedro França/Agência Senado
O ministro da economia, Paulo Guedes - Pedro França/Agência Senado

Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – De olho na Super-Quarta, investidores no Brasil acompanham as negociações pela extensão do auxílio emergencial e pela antecipação das campanhas de vacinação contra a Covid-19.

Os EUA e a UE encerram a disputa sobre subsídios para aeronaves, enquanto o Reino Unido e a Austrália assinam um acordo comercial. O Bitcoin sobe acima de US$ 40.000 e o petróleo continua em alta.

Veja o que está movimentando os mercados nesta terça-feira, 15 de junho.

1. Auxílio e vacinas
Os investidores ficam de olho nas negociações para a extensão do auxílio emergencial que, segundo disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao jornal Valor Econômico, pode durar mais três meses.

Em meio às discussões da CPI da Covid do Senado que investiga, entre outros assuntos, a demora do governo federal em comprar vacinas contra o coronavírus para o Brasil, o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e outras autoridades reuniram-se nesta segunda-feira (14) em audiência virtual com o presidente da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) da América Latina, Carlos Murillo. Segundo uma fonte citada pela Reuters, a reunião tratou da possibilidade de antecipação para junho de doses da vacina da Pfizer para o país.

O Brasil registrou nesta segunda-feira 827 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 488.228, informou o Ministério da Saúde. Também foram notificados 39.846 novos casos de coronavírus, com o total de infecções confirmadas no país avançando para 17.452.612, de acordo com a pasta.

Enquanto isso, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no exterior, operava estável no pré-mercado em Nova York.

2. Acordos comerciais
Os EUA e a União Europeia finalmente concordaram em encerrar a disputa de 17 anos por conta de subsídios de aeronaves à Airbus (PA:AIR) e Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34).

O acordo prepara o cenário para uma nova era de cooperação transatlântica, em um momento em que a China está disputando para substituir o duopólio de aeronaves civis Boeing-Airbus, com a fabricante aeroespacial patrocinada pelo Estado chinês Commercial Aircraft Corp, ou Comac, caminhando para se tornar um rival legítimo até o final da década.

Às 9h12, as ações da Airbus subiam 0,43%, elevando o ganho este ano para 26%. Já as ações da Boeing, que subiram quase 15% no acumulado do ano, avançavam 0,38% no pré-mercado dos EUA. Os ADRs da Embraer (SA:EMBR3) subiam 0,42%.

No mesmo espírito de cooperação, o Reino Unido e a Austrália chegaram a um acordo comercial, disse o ministro australiano do Comércio, Dan Tehan, na terça-feira, o primeiro da Grã-Bretanha desde o Brexit.

3. Despejo de dados
A atenção do dia está concentrada nas reuniões de política monetária dos EUA e do Brasil, que começam hoje e se encerram amanhã, com as respectivas decisões.

Nessa linha, os EUA divulgam hoje o índice de preços ao produtor, que deve ter alta de 0,6% em maio em relação aos níveis de abril.

Ano a ano, espera-se que o IPP tenha disparado 6,3%, o maior aumento desde que a agência estatal americana começou a rastrear os dados em 2010.

4. Bitcoin ultrapassa US$ 40.000
O Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo em capitalização de mercado, está em alta novamente, ultrapassando a marca de US$ 40.000 pela primeira vez desde o final de maio.

A principal fonte para este novo impulso é familiar: Elon Musk. O CEO da Tesla (SA:TSLA34)(NASDAQ:TSLA) sugeriu no fim de semana que a fabricante de carros elétricos poderia começar a usar a moeda digital como pagamento mais uma vez, apenas algumas semanas após descartá-la devido ao uso de energia supostamente inadequada envolvido em mineração.

Às 9:14, o Bitcoin subia 2,4% para US$ 40.108,40, se recuperando e saindo da faixa de negociação recente, tendo caído de um pico recorde de quase US$ 65.000 em abril.

5. Petróleo continua forte; eleição iraniana no radar
Os preços do petróleo bruto subiam nesta terça, permanecendo perto das máximas de vários anos, já que a ameaça imediata de oferta adicional do Irã voltando ao mercado diminuiu.

Às 9h15, os futuros do WTI subiam 1,28% para US$ 71,80 o barril, enquanto o Brent avançava 1,11% para US$ 73,67.

No entanto, um fator que pesa no mercado tem sido as discussões entre o Irã e as potências mundiais, incluindo os EUA, para reviver o acordo nuclear de 2015. Se for alcançado, os EUA podem suspender as sanções ao Irã que permitiriam ao país do Golfo Pérsico retomar as exportações de petróleo, potencialmente adicionando até dois milhões de barris de petróleo por dia para o mercado global.

Dito isso, "parece cada vez mais improvável que veremos os EUA se reintegrarem ao acordo nuclear iraniano antes das eleições presidenciais no final desta semana", disseram analistas do ING em relatório.

As eleições ocorrem na sexta-feira, e o favorito é Ebrahim Raisi, um crítico implacável do Ocidente que foi sancionado pelos EUA em 2019 por violações dos direitos humanos.

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