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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira (16)

Veja o que está movimentando os mercados nesta quarta-feira, 16 de junho

- Antônio Cruz/Agência Brasil
- Antônio Cruz/Agência Brasil

Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – A Super Quarta traz as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, com investidores em busca de pistas sobre o atual avanço da inflação e da atividade econômica nos dois países.

O petróleo sobe novamente e a inflação no Reino Unido fica acima da meta, enquanto os presidentes Biden e Putin se reúnem em Genebra.

Veja o que está movimentando os mercados nesta quarta-feira, 16 de junho.

1. Copom, Energia e Bolsa Famíilia
A Super Quarta vem recheada de mais notícias, além da expectativa para a provável nova alta de 75 pontos-base na taxa básica de juros, a Selic, de 3,5% para 4,25%, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma tarifa de R$ 6,24 por kwh por conta do estabelecimento do patamar 2 da bandeira vermelha, com o diretor-geral da agência, André Pepitone, declarando, no Senado, que o valor pode chegar acima de R$ 7 graças ao acionamento das termelétricas durante a pior crise de chuvas nos 91 anos em que são coletadas informações sobre a reserva das hidrelétricas.

Já o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que o novo Bolsa Família pagará R$ 300 em média para os beneficiários do programa. Em entrevista à SIC TV, afiliada da TV Record em Rondônia, ele citou que a inflação de produtos que compõem a cesta básica ficou "em torno de 14%", e alguns itens chegaram a subir 50%.

2. Ações mistas antes do Fed

A reunião de política do Federal Reserve de dois dias termina nesta quarta e o banco central americano deve manter as taxas de juros e as compras mensais de títulos inalteradas nos níveis atuais.

Mas o que o mercado está realmente procurando são pistas sobre como os dirigentes veem a inflação e a possível redução dos estímulos.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e seus colegas têm insistido bastante nos últimos meses que quaisquer pressões inflacionárias se provariam transitórias e que o banco central manteria em vigor a política monetária acomodativa até que a recuperação econômica estivesse firmemente enraizada.

“Os investidores estarão atentos a qualquer indicação de que o banco está considerando diminuir o ritmo de compras de ativos”, disse Matthew Ryan, analista da Ebury. “Vemos a possibilidade de o presidente Jerome Powell declarar que o conselho começou a discutir um cronograma para redução gradual, mas um anúncio oficial é improvável até o final do ano, possivelmente setembro.”

Assim, as ações americanas devem abrir mistas nesta quarta, em estreitas faixas de negociação antes do último pronunciamento do Fed, às 15h.

Às 8h52, os futuros do Dow Jones e do S&P 500 caíam respectivamente 0,14% e 0,06%, enquanto os do Nasdaq 100 subiam 0,07%. Já o EWZ, ETF que replica o Ibovespa em Nova York, caía 0,41% na pré-abertura em Wall Street.

3. Biden e Putin se encontram
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin, se encontram em Genebra nesta quarta, com expectativas baixas para qualquer avanço na primeira reunião desde que o presidente americano assumiu o cargo.

As relações entre os dois lados esfriaram nos últimos anos, após a anexação da Crimeia da Ucrânia pela Rússia em 2014, a intervenção em 2015 na Síria e acusações dos EUA – negadas por Moscou – de intromissão na eleição de 2016, que trouxe Donald Trump à Casa Branca. Biden chamando Putin de "assassino" em uma entrevista no início deste ano não ajudou nas relações. Dito isso, há muito o que discutir.

Ataques de ransomware por criminosos supostamente ligados à Rússia tiveram como alvo duas vezes a infraestrutura americana crítica, e Biden também estará interessado em discutir o envolvimento russo no Reino Unido, na Ucrânia, em Belarus e na Síria.

4. Petróleo sobe; estoques dos EUA caem
Os preços do petróleo bruto subiam novamente nesta quarta, com o Brent, a referência internacional, registrando o quinto ganho consecutivo com a queda dos estoques americanos e uma recuperação na demanda.

Às 8h53, os futuros do WTI subiam 0,29% para US$ 72,33 o barril, após alta de 1,7% na terça-feira, enquanto o Brent avançava 0,43% para US$ 74,31.

Os dados de estoques de petróleo bruto dos EUA, divulgados ontem pelo American Petroleum Institute, mostraram uma queda de pouco mais de 8,5 milhões de barris na semana encerrada em 11 de junho.

Organismos importantes, como a Agência Internacional de Energia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, previram que a demanda global por petróleo se recuperará no segundo semestre deste ano. No entanto, ainda é discutível até que ponto essa alta do preço do petróleo pode ir.

5. Pressão de inflação aumenta no BoE
O Federal Reserve não é o único banco central preocupado com os altos níveis de inflação. A Islândia deu o pontapé inicial na Europa Ocidental ao endurecer ativamente a política em maio, enquanto a Rússia também aumentou as taxas, e Polônia, Hungria e República Tcheca devem seguir o exemplo em breve.

Os bancos centrais da Nova Zelândia e da Coreia do Sul solicitaram um prazo para a política monetária de emergência, enquanto o Banco do Canadá decidiu reduzir sua flexibilização quantitativa no mês passado.

A pressão também está começando a aumentar no Banco da Inglaterra, com a inflação saltando inesperadamente acima da meta de 2% em maio, atingindo 2,1% enquanto o país reabre sua economia após os lockdowns contra o coronavírus.

No final da semana passada, o economista-chefe do Banco da Inglaterra, Andy Haldane, disse que a economia do Reino Unido estava "indo à loucura" no momento, e o banco central pode precisar considerar a possibilidade de fechar a torneira de estímulo monetário para manter a inflação sob controle.

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