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Copom divulga a ata de sua reunião, Federal Reserve pode determinar movimento acelerado para apertar a política monetária e a Agência Internacional de Energia vê uma queda na demanda global de petróleo; veja mais

Dólar
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O Copom divulga a sua ata da última reunião.

O Federal Reserve inicia uma reunião de dois dias que deve terminar em um movimento acelerado para apertar a política monetária. Os dados de preços ao produtor dos EUA para novembro podem ajudar a mostrar o porquê.

Aumentos nas taxas de bancos centrais também são esperados na América Latina e na Europa emergente, enquanto os mercados de energia europeus estão tornando mais difícil para o BCE manter a compostura dovish.

E a Agência Internacional de Energia vê uma queda acentuada na demanda global de petróleo no primeiro trimestre do próximo ano.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na terça-feira, 14 de dezembro:

1. Ata do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou hoje, 14, a ata relacionada à sua última reunião, quando elevou a taxa Selic a 9,25% ao ano.

No documento, o grupo afirma que, para 2022, a elevação dos prêmios de risco e o aperto mais intenso das condições financeiras irão desestimular a atividade econômica, mas que o crescimento tende a ser beneficiado pelo desempenho da agropecuária e pelo processo de normalização da economia.

O Comitê também avalia que questionamentos sobre a situação fiscal do país elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica em uma maior probabilidade de que a inflação trace uma trajetória acima da projetada até então.

Com esse cenário de risco e inflação elevados, o Copom considerou que o ciclo de aperto monetário deverá ser mais contracionista.

Na ata, o comitê chega afirmar que pensou sobre um ajuste maior do que o de 1,50 p.p. com a taxa de juros permanecendo elevada por um período mais longo, mas que chegou à conclusão de que a decisão tomada na semana passada era apropriada.

2. O Fed começa a sua reunião

O Federal Reserve começa hoje a última reunião de dois dias da política monetária de 2021, uma semana depois do chairman Jerome Powell sinalizar que mudou de ideia sobre o atual aumento da inflação e sugeriu que o banco central acelerará a redução da compra de títulos.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) se reúne em um cenário de inflação ao consumidor em seu nível mais alto em quase 40 anos, embora os efeitos de base por si só sugiram que a taxa anual pode ter atingido o pico em novembro. Os dados de inflação dos preços do produtor para novembro serão publicados às 10h30.

O FOMC só publicará suas decisões na quarta-feira. No entanto, a tendência de taxas de juros mais altas em todo o mundo provavelmente será reforçada posteriormente com aumentos na Hungria e no Chile.

3. Mercado de ações americanas

As ações dos EUA devem abrir em baixa, com os investidores retirando algum dinheiro da mesa antes da reunião do Fed.

Embora os participantes do mercado ainda pareçam bastante confiantes de que a nova variante Ômicron da Covid-19 se mostrará menos virulenta do que seus antecessores, ainda existem preocupações sobre a rapidez com que está se espalhando e se isso desencadeará medidas mais restritivas em setores voltados para o consumidor.

Às 08h56, os futuros da Dow Jones subiam 0,02%, enquanto os da Nasdaq 100 e da S&P 500 caíam 0,53% e 0,21%, respectivamente.

O EWZ, ETF que apresenta o desempenho das ações brasileiras em Wall Street, avançava 0,21% no pré-mercado.

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem a Terminix (NYSE:TMX), que concordou em ser comprada pela Rentokil (OTC:RTOKY), com sede no Reino Unido, por US$ 6,7 bilhões em uma transação em dinheiro e ações; e a Coinbase (NASDAQ:COIN), devido à volatilidade do mercado de criptomoedas.

4. Os mercados de energia e gás da Europa sobem novamente

Os preços europeus do gás natural e da eletricidade atingiram novos recordes pelo segundo dia consecutivo, depois que a nova ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, alertou que não haveria certificação rápida do novo gasoduto Nord Stream 2.

Os preços do gás spot na Holanda, que fornecem a referência para o noroeste da Europa, subiram para 122,92 euros o megawatt-hora, antes de recuarem ligeiramente.

Os preços de energia do dia seguinte na França, entretanto, ultrapassaram os 300 EUR / MWh e os futuros do ano seguinte na Alemanha ultrapassaram os 200 euros / MWh.

A perspectiva de um aperto nos preços de energia na zona do euro, o que aumenta o risco de um período prolongado de inflação acima da meta, é um cenário estranho para a reunião de política do Banco Central Europeu na quinta-feira.

Na Europa, o mercado de trabalho do Reino Unido se manteve melhor do que o esperado em outubro e novembro, mas não ao ponto de mudar as expectativas de que o Banco da Inglaterra deixará sua taxa básica inalterada esta semana.

5. O petróleo enfraquece com o corte da previsão de demanda da AIE

Os preços do petróleo bruto enfraqueceram depois que a Agência Internacional de Energia cortou sua previsão para a demanda de petróleo no primeiro trimestre do ano que vem em 600.000 barris por dia, derrubando o mercado mundial de volta a um superávit considerável.

Às 09h01, os futuros de petróleo nos EUA subiam 0,03%, a US$ 71,31, enquanto os de Brent avançavam 0,05%, a US$ 74,43.

O sentimento também foi abalado pela confirmação do primeiro caso Ômicron na China.

A alta transmissibilidade do Ômicron provavelmente representará um sério desafio à política de tolerância zero da China para a Covid-19, arriscando novos fechamentos de fábricas que poderiam prolongar os problemas com as cadeias de abastecimento globais.

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