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Fundos de ações apostam tudo que podem na bolsa; parcela em caixa é a menor desde 2015

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Os fundos de ações estão hoje com a menor parcela fora da bolsa desde janeiro de 2015, segundo levantamento feito pela Economática. Segundo o estudo, foram analisados fundos de ações de acordo com a classificação da Associação Nacional das Instituições dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em geral, isso é um indicador de otimismo dos gestores, que reduzem a parcela aplicada em caixa ou em renda fixa e aplicam tudo que podem em ações.
O estudo considerou somente fundos com alocação em outros fundos menor que 50% do patrimônio. Dessa maneira, foram excluídos da amostra os fundos de fundos.
O maior percentual de alocação em renda fixa no período analisado foi no mês de dezembro de 2015, quando a posição era de 16,9% do total do patrimônio. Nessa mesma data, os fundos de ações setoriais alocavam 27,56% em renda fixa e os fundos de ações livre 20,27%.
Em abril de 2019, o volume alocado em renda fixa pelos fundos de ações é de 8,4% do patrimônio, que é o menor valor do levantamento efetuado pela Economatica desde janeiro de 2015.

Veja abaixo a evolução de alocação em renda fixa dos fundos de ações conforme classificação Anbima. Os três últimos meses podem ter valores superiores considerando que alguns fundos têm a posição escondida dos fundos de caixa. Os números do mês de fevereiro já contemplam todos os fundos com as suas carteiras abertas.

Foram considerados fundos que tenham registrado valor de patrimônio em pelo menos um dia dentro do mês analisado. Os fundos que atualmente estão encerrados entraram na amostra durante o período que estiveram presentes. O percentual de alocação em renda fixa foi calculado com base no patrimônio total de cada fundo.
A Economatica verificou a posição indireta em renda fixa por meio da abertura dos fundos que estão alocados nas carteiras. Podem existir pequenas posições escondidas nos últimos três meses em fundos que ainda não abriram suas carteiras.
Devido à metodologia descrita, a amostra tem quantidade de fundos variável no tempo.
A Economática lembra ainda que os fundos podem ter algumas das suas posições escondidas nos três últimos meses conforme regulamentação da CVM, porém dentro dos fundos de ações a grande maioria de posições fechadas são as de renda variável, já as posições em renda fixa na sua grande maioria estão abertas em todos os meses.

Distribuição por ativo em fundos de ações

O gráfico abaixo permite verificar o percentual de alocação dos fundos de ações em quatro tipos de instrumentos de renda fixa (debêntures, operações compromissadas, títulos públicos e instrumentos de instituições financeiras).

Em abril de 2019, a alocação em títulos públicos é de 59,33% e em operações compromissadas de 37,96% do total alocado em renda fixa pelos fundos de ações.

A partir de junho de 2017 a alocação dos fundos de ações em renda fixa é maior no tipo de instrumento operações compromissadas, uma espécie de renda fixa de curtíssimo prazo.

O gráfico apresenta uma correlação inversa entre os títulos públicos e operações compromissadas em todo o período analisado. Há mudança de perfil de alocação e, a partir de outubro de 2018, o percentual alocado em operações compromissadas aumentou e nos últimos três meses até abril de 2019, este percentual em operações compromissadas vem caindo e as posições em títulos públicos vêm na sequência inversa.

As debêntures representam a terceira maior posição em renda fixa. Em abril de 2019 registram 2,56% do total da carteira em renda fixa dos fundos de ações. Os depósitos a prazo de instituições financeiras detêm 0,15% do total alocado em renda fixa.

Gestores com mais aplicações em renda fixa

A tabela abaixo apresenta os gestores de fundos de ações com pelo menos cinco fundos no perfil citado na metodologia acima e que possuem parcela maior em renda fixa. A amostra total conta com 260 gestoras que têm 758 fundos que atendem aos critérios acima no mês de abril de 2019.

Desse total, 31 gestoras têm mais de cinco fundos dentro das características definidas na metodologia. Sete fundos consolidados da Verde Asset Management S.A. lideram a lista de alocação em renda fixa com 22,13% do patrimônio consolidado.

O gestor com maior patrimônio da tabela é a BB DTVM com 35 fundos e patrimônio de R$ 5,42 bilhões, dos quais 9,19% estão com posição em renda fixa no mês de abril de 2019.

A BRAM Bradesco Asset Management é a gestora com maior número de fundos da amostra, com 48 fundos, e tem 3,47% do patrimônio total alocado em renda fixa no mês de abril de 2019.

Aplicação por Classe de Ações

A Economatica também verificou o percentual de alocação em renda fixa pelos fundos de ações por Classificação Anbima.
Os fundos de ações Setoriais são os que têm maior percentual de alocação em renda fixa com 19,17% do patrimônio, seguidos pelos fundos de Ações Livre com 9,92%.
Sete classificações das oito da amostra têm menos de 10% de alocação em renda fixa e os fundos de ações Indexados registram o menor percentual em renda fixa com 1,56%.

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