Os fundos de investimento fecharam outubro com R$ 4,7 bilhões de saídas líquidas, conforme dados divulgados pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) nesta quinta-feira (9).
Os números apurados no mês revertem o ciclo de resultados positivos que vinham acontecendo desde julho.
“O resultado de outubro reflete a piora do cenário econômico, especialmente, internacional, e não uma saída estrutural de recursos da indústria como ocorreu no primeiro semestre deste ano” afirmou Pedro Rudge, vice-presidente da Associação.
Apesar do resultado negativo da indústria, duas classes registraram a maior captação mensal de 2023: FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e fundos de ações, com R$ 11,1 e R$ 10 bilhões de entradas líquidas, nesta ordem.
Dentre as classes com captação líquida positiva também estão: previdência, com R$ 1,5 bilhão, e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com R$ 282,9 milhões.
A maior perda mensal ficou com a classe multimercados pelo segundo mês consecutivo, registrando R$ 13,4 bilhões de saídas líquidas. No ano, os resgates líquidos são de R$ 64,9 bilhões.
Além dela, a renda fixa voltou a ter desempenho negativo após três meses no azul, com R$ 11,6 bilhões. Os fundos que investem em ativos de médio e alto risco de crédito registraram R$15,5 bilhões de entradas líquidas, no entanto, o restante da classe puxou o resultado para baixo.