A jornada desta segunda-feira (05) na bolsa chinesa de Dalian foi marcada pela forte desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro. O contrato com o maior volume de negócios, com vencimento no mês de janeiro do próximo calendário, acumulou perdas de 6,0% a 689,50 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 44,00 iuanes.
No caso dos papéis futuros do vergalhão de aço, o primeiro dia da semana seguiu a mesma tendência nas transações realizadas na bolsa de mercadorias da também chinesa cidade de Xangai. O contrato de maior liquidez, com entrega para outubro deste ano, cedeu 52 iuanes para 3.753 iuanes por tonelada. O segundo mais negociado, de janeiro de 2020, perdeu 69 iuanes para 3.525 iuanes por tonelada.
A China deixou o yuan romper o nível de 7 por dólar nesta segunda-feira pela primeira vez em mais de uma década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio, o que poderia inflamar ainda mais um conflito comercial com os Estados Unidos.
A forte queda de 1,4% no yuan vem dias depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreender os mercados financeiros ao prometer impor tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares restantes das importações chinesas a partir de 1º de setembro, quebrando abruptamente um breve cessar-fogo na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Alguns analistas disseram que o movimento do yuan poderia desencadear uma nova frente perigosa nas hostilidades comerciais —uma guerra cambial.
O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) forneceu o ímpeto inicial para os vendedores de yuan ao estabelecer uma taxa diária para a moeda em seu nível mais fraco em oito meses.