O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi exonerado do cargo, a pedido, informou hoje o Ministério da Economia. Em seu lugar assume, interinamente, o auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto.
A demissão ocorre no dia seguinte à apresentação da proposta de criação de um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da antiga CPMF. Cintra é um defensor histórico do imposto único, que substituiria todos os demais, e via na tributação das transações financeiras uma alternativa para evitar a sonegação. O imposto, porém, enfrenta forte resistência de parlamentares e tributaristas, por seu caráter regressivo e acumulativo, além de incentivar a desintermediação financeira. Cintra era alvo também de críticas do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou em entrevista em agosto que ele seguia no governo “por enquanto”.
Na nota em que anuncia a exoneração do secretário, o ministério esclarece “que não há um projeto de reforma tributária finalizado. A equipe econômica trabalha na formulação de um novo regime tributário para corrigir distorções, simplificar normas, reduzir custos, aliviar a carga tributária sobre as famílias e desonerar a folha de pagamento”.
O ministério disse ainda que a proposta do governo “será divulgada depois do aval do ministro [da Economia] Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro”.
O ministro Paulo Guedes agradeceu ao secretário Marcos Cintra os serviços prestados.
Com informações da Agência Brasil.
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