Nesta segunda-feira (22), o site Brazil Journal reportou que a EMS propôs uma fusão com a Hypera (HYPE3) e o movimento é positivo na visão de analistas.
Segundo a publicação, a operação proposta pela EMS, que ocorreria em uma OPA (Oferta Pública de Aquisição), teria um prêmio de 16,9% em relação ao valor de fechamento do último pregão.
O movimento criaria o maior player do setor farmacêutico em todo o país. A participação de mercado poderia chegar a 17% e o faturamento conjunto somaria R$ 15,9 bilhões, conforme a matéria.
A Hypera poderia ser beneficiada com a operação, pois a empresa combinada teria uma alavancagem menor, de cerca de 2x EBITDA, contra 4x EBITDA da Hypera.
João Daronco, analista da Suno Research, acredita que o movimento é resultado do momento vivido pelo setor de saúde atualmente.
“A Hypera é um dos grandes players e já havia sido ventilada uma venda/fusão para outros grandes players do setor no passado. Após uma descontinuação do seu guidance (o que reflete o momento) tivemos o avanço da EMS para uma possível fusão, o que poderá se concretizar ao longo dos próximos meses”, afirmou.
Por fim, Daronco pontuou que será cada vez mais natural no mercado de saúde movimentos de consolidação como esse.
Mudança de guidance da Hypera
As ações da Hypera despencaram no início do pregão de segunda, após a empresa apresentar dados operacionais e anunciar mudanças visando a otimização de capital.
Nesta terça-feira (22), as ações ordinárias da farmacêutica subiam 2,10%, a R$ 26,71, por volta de 11:51 (horário de Brasília).
O Conselho de Administração da Hypera decidiu ajustar a política de prazo de pagamento concedida aos clientes.
A companhia anunciou também a criação de um programa de recompra de até 30.000.000 de ações ordinárias, com prazo de 18 meses, terminando em 18 de abril de 2026.