O IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central (BC) e também conhecido como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) avançou 0,44% em julho, acima da expectativa de 0,30% no período.
Conforme os dados do Banco Central nesta terça-feira (19), em junho o resultado revisado foi de alta de 0,22%.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice registrou uma alta de 0,66%. No acumulado dos últimos doze meses, o IBC-Br apresenta alta de 3,12%.
Rafael Perez, economista da Suno Research, o resultado de julho é explicado, principalmente, pela expansão dos setores de serviços (0,5%) e varejo (0,7%), que surpreenderam positivamente e confirmaram um bom início da atividade econômica no terceiro trimestre.
"Os dados têm revelado uma economia brasileira bem mais resiliente do desde o início do ano e essa tendência tem se sustentando nos últimos meses graças ao consumo das famílias, o mercado de trabalho aquecido, o setor de serviços e algumas atividades menos dependentes do crédito", afirma o economista. Além disso, ele ressalta que enxerga um quadro de maior estabilidade da atividade até o final do ano.
João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, afirmou que, olhando um pouco à frente, a casa mantém o cenário base de desaceleração gradual da atividade ao longo do segundo semestre, mas em um ritmo mais lento que o consenso dos economistas aponta.
O especialista também afirma que o resultado é compatível com a leitura de uma atividade econômica que se manteve resiliente no primeiro mês do terceiro trimestre deste ano. A projeção da Kínitro para o PIB de 2023 continua em 3,1%.