O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava com queda durante o pregão desta quarta-feira (15), seguindo a aversão a risco no exterior, com investidores assustados com a deterioração dos dados econômicos. Por volta das 16h10, as perdas eram de 1,1%, aos 79.039,32 pontos.
O dólar comercial, por sua vez, iniciou a sessão com forte alta. A moeda norte-americana tinha de valorização de 0,9%, cotada a R$ 5,237.
Até agora, o Ibovespa teve uma semana positiva, com ganhos na última segunda-feira e ontem.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei 225 fechou com queda de 0,45%, enquanto o Shangai Composite perdeu 0,57%.
Na Europa, DAX 30 recuou 3,9%, enquanto FTSE 100 caiu 3,34%. CAC 40 teve baixa de 3,76%.
Nos Estados Unidos, os índices seguiam o viés negativo: Dow Jones perdia 1,71%, S&P 500 cedia 1,98%, e Nasdaq recuava 1,03%.
Coronavírus
Os números atualizados da doença no mundo apontam mais de 2 milhões de casos e mais de 120 mil mortes. No Brasil, são mais de 25 mil infectados e mais de 1500 óbitos.
Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirma que os planos de reabertura da economia no país estão a caminho, para antes de maio, na Europa, Alemanha e França anunciaram extensão da quarentena.
Livro bege do Fed
Na parte da tarde, o mercado aguarda a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, o banco central norte-americano. A publicação, que antecede a reunião sobre política monetária, antecipa a visão da autoridade sobre a economia e traz alguns dados do mês de março.
Balanços nos EUA
A temporada de balanços continua nos EUA. Hoje, antes da abertura dos mercados, Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs reportaram resultados (abaixo das expectativas) para o primeiro trimestre.
Em Brasília
No cenário interno, o Senado discute e vota a PEC do “orçamento de guerra” para a pandemia de coronavírus. Já aprovada na Câmara dos Deputados, a proposta diferencia os gastos da União com as medidas de combate à crise causada pelo novo coronavírus.
Há ainda notícias de que o presidente Jair Bolsonaro vai demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ainda essa semana, após semanas de discordâncias.