O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou a sessão desta terça-feria (19) em queda 0,38% totalizando 105.864,18 pontos.
A queda se deve pelo pessimismo chinês com as negociações com os Estados Unidos. A potência norte-americana liberou empresas americanas para realizarem “negociações e transações específicas” com a gigante de tecnologia Huawei.
Além disso, a expectativa de entrega da reforma tributária pelo governo nos próximos dias também deixa o apreensivo hoje.
Dólar
Após fechar no valor máximo de sua história na sessão de ontem (18), o dólar encerrou o dia com baixa de 0,174%, cotado a R$ 4,1981.
Confira outros acontecimentos que impactaram a bolsa hoje:
Gurra comercial
O governo chinês anunciou ontem (18) que está pessimista em relação aos acordos comerciais com os EUA. A China não pretende firmar um acordo unilateral, que favoreça apenas os americanos, segundo a agência estatal Xinhua. Por outro lado, a licença para empresas americanas executarem transações com a gigante de comunicações Huawei foi estendida por mais 90 dias.
Reforma tributária
O governo planeja enviar, nos próximos dias, a proposta de reforma tributária para o Congresso. A primeira das quatro partes, que envolve a união do PIS e da Cofins, já era uma projeto do governo de Michel Temer e enfrentou forte resistência da Casa. Parlamentares esperavam que o governo enviasse propostas de emenda para as duas PECs que já estão em debate no congresso: a PEC 110 e a PEC 45.
- Leia mais em: Entenda a reforma tributária e suas consequências
Contas Públicas
Foi anunciado ontem (18), pelo ministro da economia, Paulo Guedes, que o déficit das contas públicas ficará R$ 60 bilhões a baixo do esperado, atingindo o patamar de R$ 80 bilhões. Ele destacou que o descontingenciamento (descongelamento) das contas foi essencial para sanar paste do orçamento.
Discurso de Campos Neto
Em audiência audiência pública sobre autonomia do Banco Central na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realizada hoje, o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, afirmou que “a inflação está bastante baixa e bastante estável tanto no curto, médio e longo prazo”.
Contudo, o presidente não se estendeu no assunto câmbio após o dólar fechar acima de R$ 4,20 pela primeira vez na história.