Ibovespa

Ibovespa inicia com ganhos após prévia do PIB acima do esperado; dólar tem queda

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 10h25 desta quinta-feira (16), em alta de 0,49%, aos 117.010,20 pontos. Após a divulgação do IBC-Br e do IGP-10 apontando para resultados positivos da economia, tudo indica que o cenário interno é favorável para a alta da bolsa hoje. Já no panorama global, os mercados pelo mundo não se animaram com os acordos entre EUA e China, assinados na tarde de ontem (15).

Dólar

Na direção oposta, o dólar comercial operava com desvalorização de 0,45%, cotado a R$ 4,166, no mesmo horário. A moeda americana fechou ontem com o maior valor em 40 dias, em R$ 4,188.

Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam de forma mista, com avanços na Coréia do Sul e Hong Kong, queda em Xangai e a bolsa japonesa estava próxima da estabilidade. As bolsas europeias operavam da mesma maneira, com perdas nas bolsas da Alemanha e Reino Unido e ganhos na França e Itália.

Os futuros de Nova York apontavam para uma abertura em alta, na expectativa da divulgação dos balanços dos bancos Morgan Stanley e o Bank of New York Mellon.

Fase 1 dos acordos

Na tarde de ontem (15), EUA e China se reuniram para a assinatura da chamada “fase 1” dos acordos que colocariam fim na guerra comercial entre os dois países. Essa primeira fase diz que os Estados unidos se comprometeram em reduzir as tarifas sobre produtos chineses e o país asiático passará a comprar mais produtos e serviços americanos. 

Apesar do otimismo, a expectativa é de que uma nova rodada de negociações só ocorra após as eleições dos EUA, ou seja, em novembro. 

O efeito do acordo no Brasil

Como mostrou o jornal O Globo, um levantamento de Oxford, a primeira fase do acordo comercial entre EUA e China pode afetar em até R$ 10 bilhões, aproximadamente 5%, as exportações brasileiras. Partes do tratado sobre importações afirmam que o país asiático deverá comprar produtos agrícolas americanos, como soja, milho, carnes bovina, suína e de aves, entre outros.

Indicação para OCDE

Os Estados Unidos enviaram uma carta para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para apoiar a entrada do Brasil no grupo. No ano passado, os EUA indicaram a Argentina para integrar a organização, mas, segundo analistas, com a saída do liberal Maurício Macri, os americanos decidiram priorizar a entrada brasileira. A expectativa é de que isso aconteça até o final do mandato do atual presidente, Jair Bolsonaro.

IBC-Br

O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, teve alta de 0,18% em novembro com relação ao mês anterior. Em comparação a novembro de 2018, o índice teve alta de 1,10%, acima do esperado de 0,90%, o que afasta o pessimismo de uma aceleração econômica mais fraca.

IGP-10

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve alta de 1,07%, desacelerando ante a taxa de 1,69% no mês anterior. A queda do indicador se deve a uma baixa nos preços do atacado.

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