Ibovespa

Ibovespa segue em alta, puxado pela reunião do Copom e ações do Bradesco; dólar cai

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 13h16 desta quarta-feira (05), com valorização de 1,14%, aos 116.880,15 pontos. O movimento de alta nos mercados internacionais, que contaminou o índice brasileiro, se deve aos novos planos de contenção dos impactos do coronavírus na economia chinesa. Com isso, os investidores passaram a focar no noticiário doméstico de seus países.

O principal ativo que puxa o Ibovespa são as ações do Bradesco (BBAS3), que divulgou resultado de lucro líquido positivo e dentro das expectativas do mercado. Por sua vez, as ações da Mitre, em sua estreia na B3, tiveram alta de 9,3% na manhã de hoje.

Já o dólar comercial, no mesmo horário, teve queda de 0,03% ante o Real, cotado a R$ 4,257. A conclusão da reunião do Copom nesta quarta-feira deve influenciar a moeda dos EUA, que sofre reajuste após uma semana de valorização.

Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia fecharam em alta, após o governo chinês anunciar que tomaria medidas para frear os danos causados à economia pelo coronavírus. Já os índices da Europa operam com ganhos e os futuros de Nova York apontam para uma abertura também em terreno positivo. 

Crise com coronavírus

O número de casos confirmados e mortes pela nova cepa (variedade) de coronavírus só aumenta. Até a última atualização, 490 pessoas morreram e mais de 25 mil já foram contaminadas, com a maioria dos casos ocorrendo na China.

Além da China, 20 outros países também registraram casos da doença, e nenhum caso foi registrado na América Latina.

Nesta terça-feira (04) foi divulgado que houve avanço na descoberta de uma nova vacina contra o coronavírus.

Eleições americanas

Após uma confusão nas eleições primárias do partido democrata, o candidato Pete Buttigieg venceu pelo número de delegados (26,9%) e Bernie Sanders, por voto popular. O discurso de Pete foi ofuscado pelo do então presidente, Donald Trump, que se vangloriou dos bons números da economia dos EUA. Trump também ignorou o fato de estar sofrendo um processo de impeachment no Senado.

Impeachment de Trump

Está programado para ser julgado hoje (05) o processo de impeachment do presidente americano, Donald Trump, no Senado dos EUA. De maioria republicana, partidária de Trump, a Casa deve inocentar-lo da acusação de espionagem contra o ex-candidato à vice-presidência, Joe Biden. 

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou nesta terça-feira (04) sua primeira reunião de 2020 para decidir o futuro da taxa básica de juros. Hoje será anunciada a decisão do comitê.

A expectativa do mercado é de que o BC decida por uma nova redução da Selic, saindo de 4,5% para 4,25%, encerrando, assim, o ciclo de cortes na taxa de juros.

Com a redução dos juros, o crédito é estimulado e isso reaquece a economia. Com isso, a inflação tende a aumentar. Por isso, o BC mantém a atenção no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atualmente abaixo do centro da meta.

No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom analisam as possibilidades e definem a Selic.

Inflação de famílias de baixa renda (IPC-C1)

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou inflação de 0,55% em janeiro de 2020. A taxa é inferior à de dezembro do ano passado, de 0,93%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com isso, o indicador acumula alta de 4,55% em 12 meses. A taxa de janeiro do IPC-C1 (0,55%) ficou abaixo da registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a variação da cesta de compras para todas as faixas de renda, e ficou em 0,59% no mês.

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