O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava no início da tarde desta terça-feira (07) com queda de 0,66%, aos 116.112,17 pontos, atualizado às 12h52. Apesar do otimismo internacional com a atenuação das tensões entre EUA e Irã, o índice brasileiro ainda encara o receio dos investidores e é puxado para baixo pelos bancos e pela Petrobras, que mais tem influência no Ibovespa.
Dólar
Já o dólar comercial iniciou a sessão com alta de 0,54%, cotado a R$ 4,086. Ontem (06) foi o terceiro pregão que a moeda americana encerrou com valorização frente ao Real.
Veja os acontecimentos que influenciaram o mercado hoje:
Tensão entre Irã e EUA
Após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, o Irã prometeu “retaliações severas” aos EUA por violarem tratados internacionais em seu território. Já o presidente americano, Donald Trump, comemorou o atentado a Soleimani e afirmou que os Estados Unidos têm 52 alvos prontos para serem atacados caso o Irã tente, segundo ele, “começar uma guerra”.
No último domingo (05), o país persa afirmou que se retirará do acordo nuclear de 2015 e não mais respeitará o limite permitido de enriquecimento de urânio, segundo agência de notícias de Teerã. Um dos cenários de retaliação possíveis, segundo o Estrategista Global da XP Investimentos, Alberto Bernal, seria o fechamento do Estreito de Ormuz, importante rota comercial do petróleo.
Bolsas internacionais
As bolsas de Hong Kong, Xangai e Japão fecharam em alta generalizada, mostrando otimismo com a redução do medo de uma guerra entre Estados Unidos e Irã. Os futuros de Nova York também operavam em leve alta pelo mesmo motivo.
Na Europa, os índices já apresentavam elevações mais fortes na manhã desta terça-feira.
EUA e China
Após dois anos sem uma resolução, a guerra comercial entre EUA e China não tem perspectiva de acabar, frente aos recentes fatos envolvendo os norte-americanos e o Irã. Para os investidores, um acordo estaria sendo negociado até o final do mês, mas o atentado ao general iraniano deve frustrar os planos de conclusão do conflito.
Boletim Focus
Na agenda, o Boletim Focus não trouxe grandes mudanças: o PIB ficou inalterado na projeção para 2020
e 2021. A meta da taxa Selic foi elevada somente em 2021, ficando em 6,50%. Já a mediana das perspectivas para a inflação apresentou leve queda para o fim de 2020.
IPC-SP
O Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC) fechou 2019 com alta de 0,94%, segundo divulgou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No acumulado do ano, o indicador avançou 4,40%, uma elevação em relação a 2018, quando teve alta de 3,02%.
Alimentação e habitação contribuíram para essa alta, tendo em vista que tiveram alta acumulada de 2,96% e 0,23% em dezembro.
O IPC-Fipe mede variações a cada quatro semanas dos preços para as famílias paulistanas com tenda mensal de um a dez salários mínimos.
Iaemp e ICD
A FGV também divulgou hoje o Indicador de Antecedente de Emprego (Ieamp), que busca antecipar tendências do mercado de trabalho, e utiliza uma escala de zero a 200 pontos. Em dezembro, esse índice cresceu 1,5 ponto, atingindo 89,9 pontos, maior patamar desde abrik de 2019, quando atingiu 92,5 pontos.
Outro índice é o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que busca a opinião sobre a situação atual do desemprego. Na mesma escala, o índice caiu 0,8 ponto, indo para 95,3 ponto, não se recuperando da alta do mês anterior.