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IGP-10 surpreende e cai 0,47% em agosto

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O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) surpreendeu e caiu 0,47% em agosto, percentual inferior ao apurado em julho, quando registrou taxa de 0,61%, informou hoje a Fundação Getulio Vargas. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,92% no ano e de 5,20% em 12 meses. Em agosto de 2018, o índice havia registrado elevação de 0,51% no mês e de 8,78% em 12 meses.

A queda foi superior ao que o mercado estimava (-0,9%). Segundo o Departamento Econômico do Bradesco, que trabalhava com queda de -0,40%, esse desvio é explicado, majoritariamente, por conta de preços de alimentos e derivados do petróleo, com variações negativas mais intensas do que as esperadas. Em comparação com julho, quando o IGP-10 variou 0,61%, o IPA-Industrial passou de uma alta de 0,65% para deflação de 0,55%, principalmente por conta do recuo em minério de ferro.

No mesmo sentido, os produtos agrícolas desaceleraram, de uma variação de 0,96% em julho para -1,70% na atual leitura, por conta das quedas nos preços de soja, milho (que estavam pressionados anteriormente por conta de expectativas pessimistas sobre a safra americana) e suínos. Por fim, os demais componentes do índice, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), tiveram desempenhos em sentidos opostos: o indicador da construção civil contribuiu para o recuo do IGP-10, desacelerando de 1,08% para 0,35% e o IPC, acelerou de 0,07% para 0,24%.

IPA cai 0,83% em agosto

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,83% em agosto. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,72%. No ano, o IPA acumula alta de 4,44% e, em 12 meses, de 5,95%.

Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram -0,73% em agosto, após registrar 0,01% em julho. A principal contribuição para o resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 3,62% para -5,00%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,11% em agosto. No mês anterior, a taxa foi de 0,27%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,83% em julho para -1,00% em agosto. A principal contribuição para o recuo da taxa do grupo partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,53% para -1,01%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,78% em agosto, após alta de 0,18% no mês anterior.

Matérias-primas em baixa com minério de ferro

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 3,34% em julho para -0,77% em agosto. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: minério de ferro (12,05% para 0,69%), soja (em grão) (1,83% para -1,87%) e milho (em grão) (6,17% para -2,05%).
Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens aves (-2,23% para 1,66%), laranja (-9,33% para 1,84%) e bovinos (0,33% para 0,94%).

IPC sobe 0,24% em agosto

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,24% em agosto. Em julho, o índice havia sido de 0,07%. No ano, o IPC acumula alta de 2,88% e, em 12 meses, de 3,70%.

Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Habitação, cuja taxa passou de 0,20% para 0,99%.
Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, que registrou alta de 5,14% em agosto, após variar 0,06% em julho.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (-0,64% para -0,31%), Alimentação (0,04% para 0,14%), Despesas Diversas (0,00% para 0,30%) e Comunicação (0,02% para 0,12%). As contribuições para estes movimentos partiram dos seguintes itens:
gasolina (-2,57% para -1,42%), frutas (-2,65% para 3,19%), alimentos para animais domésticos (-0,58% para 1,27%) e tarifa de telefone residencial (0,00% para 0,50%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,80% para -0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,35%) e Vestuário (0,03% para -0,09%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens passagem aérea (18,34% para -12,83%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,77% para 0,27%) e roupas (0,10% para -0,28%).

Construção Civil desacelera

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,35% em agosto, após subir 1,08% em julho. Com isso, o índice, usado na correção dos contratos de compra de imóveis na planta, sobe 2,52% no ano e 3,81% em 12 meses.

Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (0,01% para 0,22%), Serviços (0,22% para 0,32%) e Mão de Obra (1,97% para 0,44%).

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