IGP-DI sobe 0,07% em janeiro e acumula 6,56% em 12 meses; atacado cai 0,19%

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O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,07% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando a taxa havia sido de -0,45%, informou hoje a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, o índice acumula alta de 6,56%. Em janeiro de 2018, o índice havia subido 0,58% e acumulava queda de 0,28% em 12 meses.

O índice mostra que a inflação segue bem comportada, especialmente nos preços ao consumidor, que representam 60% do IGP-DI. Os preços de varejo têm peso de 30% e a construção civil, de 10%. Com isso, a expectativa é de juros baixos por mais tempo, como sinalizou o Copom ontem, com possibilidade até de queda este ano. Esse cenário dependerá, porém, do sucesso do governo em aprovar a reforma da Previdência no Congresso.

O IGP-DI faz parte da família do IGP-M, que corrige os aluguéis, e do IGP-10, que se diferenciam apenas pelo período de coleta dos preços. O IGP-DI pega o mês fechado, o IGP-M, de 20 a 20 e o IGP-10, do dia 10 ao dia 10 do mês de referência.

Atacado cai 0,19% com alimentos, combustíveis e soja

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -0,19% em janeiro. Em dezembro, a taxa foi de -0,82%. Em 12 meses, os preços no atacado acumulam alta de 7,92%.

Os preços do agronegócio acentuaram a deflação em janeiro, com -0,88%, para -0,73% em dezembro. Já os preços industriais passaram de deflação de 0,85% em dezembro para alta de 0,04% em janeiro.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou em média 0,32% em janeiro após registrar alta de 0,62% em dezembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,11% para 0,00%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,49% em janeiro, ante alta de 0,48% em dezembro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,74% em dezembro para -0,53% em janeiro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -8,42% para -1,98%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,29% em janeiro, contra queda de 0,55% no mês anterior.

Matérias-primas caem 0,38%

No estágio das Matérias-Primas Brutas a variação foi de -0,38% em janeiro. Em dezembro, a taxa havia caído 1,38%. Contribuíram para a taxa menos negativa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-1,35% para 2,53%), leite in natura (-8,14% para -1,68%) e mandioca (aipim) (-0,61% para 6,29%). Em sentido oposto, vale citar soja (em grão) (-3,03% para -5,21%), bovinos (1,80% para -0,38%) e cana-de-açúcar (0,78% para -0,37%).

Preços ao Consumidor sobem 0,57

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,57% em janeiro, ante 0,29% no mês anterior. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,83% para 3,13%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 0,00% para 5,79%.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (-0,63% para 0,02%), Habitação (0,20% para 0,43%), Comunicação (-0,01% para 0,20%) e Despesas Diversas (0,13% para 0,30%). Nestas classes de despesa, as principais influências observadas partiram dos seguintes itens: tarifa de ônibus urbano (-0,27% para 2,86%), tarifa de eletricidade residencial (-1,27% para 0,47%), pacotes de telefonia fixa e internet (0,00% para 0,91%) e cartório (-0,01% para 3,33%).

Em contrapartida, os grupos Vestuário (0,69% para -0,64%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,27%) e Alimentação (0,74% para 0,73%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados nas taxas dos seguintes itens: roupas (0,99% para -0,83%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,60% para -0,26%) e hortaliças e legumes (8,29% para -0,17%).

Núcleo do IPC sobe 0,30%

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,30% em janeiro, ante 0,36% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 43 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 21 apresentaram taxas abaixo de -0,01%, linha de corte inferior, e 22 registraram variações acima de 0,72%, linha de corte superior. Em janeiro, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 66,57%, ficando 2,37 pontos percentuais acima do registrado em dezembro, quando o índice foi de 64,20%.

Construção Civil sobe 0,49%

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), usado em contratos de compra de imóveis na planta, subiu 0,49% em janeiro, ante 0,13% em dezembro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços ficou em 0,60%. No mês anterior, a taxa havia subido 0,23%. O índice que representa o custo da Mão de Obra subiu 0,40% em janeiro, contra 0,06% no mês anterior.

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